67 anos é obra!

67 anos é obra! Maior obra quando o aniversariante é um jornal fundado num canto extremo do país, longe das ribaltas jornalísticas da capital de um país que era – e apesar de tudo, continua a ser – de uma macrocefalia pungente e dolorosa. E obra maior porque, resistindo estas quase sete décadas, mantendo-se incólume na sua ousadia de publicar-se a cada semana, estrénuo e combativo, mantém também a sua bandeira de independência, de fieldade às suas tradições e à sua linha editorial; e sempre a lealdade à verdade, à opinião livre e à notícia.

Nestas ocasiões de aniversário as notas e textos de felicitações normalmente brindam os jornalistas, os colaboradores, os redactores, todos esses que coluna a coluna dão corpo e realidade ao permanente nascituro, que logo o volta a ser mal recém nascido, a cada sete dias. No Jornal do Algarve o corpo de redactores, gráficos, colunistas, repórteres e colaboradores é, sempre foi, brilhante e denodado. Não citarei nomes; não só porque são 67 anos, desde José Barão a Fernando Reis, de imensas personalidades literárias, culturais, gráficas e acima de tudo, jornalísticas, um mar de gente que honrou e honra esta arte de fazer um jornal; mas porque tenho a certeza que toda a referência a pessoas, aqui, seria injusta porque sempre ficariam esquecidos alguns; e nenhum, ninguém, merece ficar olvidado. Todos, sempre e a seu modo, foram esta carta de marear incontornável nas águas dos últimos 67 anos da História do Algarve. Os combates do Jornal do Algarve foram sempre travados na mais avançada trincheira da frente. Pela Universidade, pelo Turismo, pela Região, pela Democracia, pela Identidade, pela Verdade e pela Ética, pela Liberdade. Por isso o JA se afirmou como um farol mesmo quando outros deixavam esmorecer a necessária luz.

Mas, mais do que aos jornalistas, colunistas e colaboradores, quero deixar aqui os meus melhores parabéns aos leitores. O jornalismo de qualidade, comprometido com a exactidão e os valores, são a peça fundamental para a construção de um jornal como o Jornal do Algarve; e de passo para a construção de uma sociedade mais justa e mais digna. Por isso celebro aqui os que nunca faltaram com a sua presença nesta caminhada de décadas. Os leitores. Sem eles, este Jornal do Algarve não existiria. Eles sabem-no; por isso não faltam. São, ainda que menos visível mas mais pressentida, a parte vital desta caminhada de dignidade e persistência.

Parabéns!
Fernando Cabrita

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