A região algarvia é uma das zonas do País que poderá, no futuro, ser o epicentro de uma nova pandemia, cuja doença será transmissível através de insetos, nomeadamente o mosquito. O JA falou com o presidente do Algarve Biomedical Center sobre a próxima pandemia e a luta que já está a ser feita para a prevenir, com a construção de um centro de investigação em Loulé
Ainda a lutar contra a covid-19, cujos casos ativos têm aumentado significamente nos últimos dias, o Algarve poderá ser uma das zonas do País mais afetadas por uma nova pandemia, no futuro.
O presidente do Algarve Biomedical Center (ABC), Nuno Marques, revelou ao JA que “é expectável que o Algarve seja uma das zonas mais afetadas por uma nova pandemia, por causa do clima”.
“As doenças aparecem nas zonas mais quentes”, como o Algarve, mas o médico garante que já está a ser desenvolvido um trabalho conjunto de investigação com o Instituto Nacional Ricardo Jorge, para que a próxima pandemia seja estudada, prevenida e combatida desde o início.
Para isso, será construído em Loulé o Centro de Investigação em Entomologia Médica do Algarve (CIEMA), com o apoio da Câmara Municipal, que estará pronto em 2023.
Até ao momento, já foram detetadas no Algarve algumas espécies de mosquitos que podem transmitir doenças, que apareceram na região graças ao clima, às alterações climáticas e ao aumento da temperatura.
“No País, será obviamente o Algarve, o primeiro local” onde estas espécies aparecem, garante Nuno Marques ao JA.
No entanto, apesar de já ter sido detetado uma espécie de mosquito que pode transmitir dengue, no concelho de Loulé, há cerca de dois anos, “não foi encontrado nenhum mosquito infetado” com a doença, o que significa que não está a ser transmitida.
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Gonçalo Dourado
(leia a notícia completa no Jornal do Algarve de 8 de julho de 2021)
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