Miguel Matias, advogado das vítimas da Casa Pia, diz que a entrevista de Carlos Silvino “não serve para nada” e tem pena que “Bibi” não se tenha retratado em tribunal. (Reportagem completa e vídeo com entrevista de Carlos Silvino no site do Expresso: www.expresso.pt)
RUI GUSTAVO/Rede Expresso
“Tenho pena que o Carlos Silvino não tenha dito isto em tribunal, para poder ser confrontado e, provavelmente, apanhar uma pena diferente dos 18 anos a que foi condenado”, diz Miguel Matias, advogado das vítimas do processo Casa Pia, que faz questão de esclarecer que só fala ao Expresso porque foi autorizado pela Ordem dos Advogados.
“Mais do que uma vítima ligou-me, alguns a chorar, revoltados com esta traição do Carlos Silvino” conta Miguel Matias, que não tem muitas dúvidas: “Processualmente, estas declarações não valem nada, não podem ser usadas”. E mais: “Acho curioso o timing em que foram feitas, um dia depois de se saber quem é o juiz da Relação que vai apreciar o recurso”.
A revista “Focus” publica hoje uma entrevista com Carlos Silvino, na qual o ex-motorista da Casa Pia diz que mentiu em tribunal e que todos os arguidos são inocentes. Na mesma entrevista, Carlos Silvino, que foi condenado a 18 anos de prisão por mais de cem crimes de abuso sexual de menores, garante que não é “gay, nem pedófilo”.
Livro em coautoria com ex-mulher de Carlos Cruz
Carlos Tomás, o responsável pela entrevista a “Bibi”, escreveu em 2004 “Carlos Cruz – As Grades do Sofrimento”, em coautoria com a ex-mulher do ex-apresentador, Marluce. Este é um livro que acompanha Carlos Cruz e a sua família ao longo do caso Casa Pia , mostrando uma visão crítica à forma como o processo judicial foi conduzido.
Uma vergonha