O vereador socialista de Albufeira Ricardo Clemente assegurou que o seu acordo com o presidente do executivo, José Carlos Rolo (PSD), não põe em causa a sua continuidade como militante de base do PS e que apenas agiu “para que haja uma maioria governável” no município.
“Sou eleito nas listas do PS e continuarei a ser até ao fim do mandato. Sou militante de base do PS, espero continuar a ser, e estou a colaborar com o executivo PSD na câmara por forma a que haja uma maioria governável em nome de Albufeira e por Albufeira”, disse o membro do executivo de Albufeira ao JA a propósito da sua rutura com o grupo socialista.
Contando com Ricardo Clemente, aquele grupo integrava dois vereadores, havendo ainda na oposição ao executivo do PSD (com três eleitos) um vereador do movimento Desidério por Albufeira e outro do movimento Albufeira Prometida.
Antes da saída de Ricardo Clemente o executivo de três vereadores do PSD estava pois em minoria face à maioria de quatro vereadores da oposição.
Sublinhando que saiu da vice-presidência da Comissão Política do PS local “por vontade própria”, Clemente disse-se “tranquilo” da sua decisão, reiterando que “não há motivos para deixar de ser militante de base”.
Revelou que a iniciativa partiu do presidente da Câmara: “Ele falou-me há dois dias sobre os pelouros e houve uma troca de ideias”.
Acentuou ainda que o PS de Albufeira estava disponível a ficar com os seus dois vereadores a tempo inteiro na câmara, mas “as negociações falharam porque era muito ambicioso o projeto do PS e o do PSD menos ambicioso”.
Sobre a eventual expulsão do partido na sequência deste seu ato, sublinhou que “não há motivos para não [o] deixarem ser militante de base”.
“Façam como acharem, estou completamente tranquilo na minha decisão. Se fosse ao contrário, teria de saber negociar com o PSD e outras forças”, concluiu.