A consulta pública daquele pedido esteve aberta entre 21 de março e 29 de abril e contou com a participação de 51 pessoas e/ou entidades.
Em causa, está a atribuição de direitos de exploração de depósitos minerais como ouro, prata, cobre, chumbo, zinco e outros minérios associados para a área das “Ferrarias”, um terreno de 495 km2 que abrange partes das freguesias de UDF Alcoutim/Pereiro, Martim Longo (concelho de Alcoutim), Azinhal e Odeleite (concelho de Castro Marim). Os terrenos são atravessados por vários aquíferos e são território de habitat do lince ibérico.
Alcoutim quer desenvolver-se como Almodôvar
Durante os mais de dois meses de consulta pública, os dois municípios vizinhos tiveram posições opostas: Alcoutim não participou na consulta, enquanto Castro Marim foi ativo na participação, contestando as pretensões do grupo multinacional de maioria espanhola.
Ao JA, o presidente da Câmara de Alcoutim, Osvaldo Gonçalves, justificou que se trata de um processo “que não nos convoca para nenhuma decisão de licenciamentos, nem de outra índole e por isso não participámos”.
“Nos últimos anos, nas prospeções, é o terceiro caso e nunca participámos. Este tipo de trabalho pode ser visto como copo meio cheio e o copo meio vazio”, enunciou.
“Se tivermos medo de descobrir o que está por baixo e não quisermos descobrir o que lá está estamos a ser objetores do possível desenvolvimento daquilo que pode ser uma oportunidade do território”.
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João Prudêncio
(leia a reportagem completa no Jornal do Algarve de 12 de maio de 2022)