Em Vila Real, na mesma sala onde, há dias, Passos Coelho se juntou a Cavaco Silva, Manuel Alegre exortou os seus eleitores “à luta”: “Não permitam que a direita destrua a nossa democracia”, pediu a uma sala cheia.
O dramatismo vai em crescendo na campanha de Manuel Alegre, que ontem passou o dia nos distritos de Bragança e Vila Real.
O candidato presidencial começou o dia com uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Bragança, uma curta passagem apenas para dar “um sinal político” do seu “empenhamento”, caso venha a ser eleito Presidente da República, para que “o Estado e as instituições privadas de solidariedade social continuem a funcionar em conjunto”.
Ao almoço, voltou a confessar ter mudado de ideias sobre a regionalização: “Tive muitas dúvidas sobre se seria uma boa solução (…) mas chegou a altura de uma reflexão séria e sensata sobre a regionalização como instrumento para combater a desertificação e promover a coesão nacional”, afirmou, prometendo, caso chegue a Belém, promover esse debate.
À noite, em Vila Real, na mesma sala onde, há quatro dias, haviam estado Cavaco Silva e Passos Coelho, Manuel Alegre pediu “ajuda” para chegar à segunda volta: perante uma animada e ruidosa assistência – onde, pela primeira vez, era claramente identificável uma claque de apoiantes do Bloco de Esquerda -, admitiu ser “um velho resistente”, prometeu “lutar até ao fim” com todas as suas forças, mas reclamou a ajuda e a força dos seus apoiantes para o ajudarem a “realizar a utopia de vencer Cavaco Silva”.
“Não se trata de eleger Manuel Alegre, trata-se de eleger a democracia”, precisou o candidato, alertando para o que está em causa nas eleições de domingo: “Uma luta de vida e de morte da nossa democracia (…)
peça publicada na íntegra no site do Expresso on-line.
Cristina Figueiredo /Rede Expresso
