A acordeonista Eugénia Lima faleceu na sexta-feira ao final da tarde, em Rio Maior, com 88 anos.
A acordeonista teve uma longa carreira de sucessos, com várias dezenas de discos gravados. Recebeu várias distinções e prémios ao longo da sua vida. Em maio de 1980 foi agraciada com o grau de Dama da Ordem Militar de Santiago de Espada, tendo mais tarde sido condecorada pelo Ministério da Cultura com a medalha de Mérito Cultural em setembro de 1986 e recebido o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, em 1995.
Alguns dos seus temas mais populares que continuarão a ser tocados nos vários palcos nacionais e internacionais contam com: O Picadinho da Beira, O Meu Sonho, A Minha vida e o Fadinho de Silvares.
No Algarve teve o seu momento de maior reconhecimento em dezembro de 2011, em Castro Marim, numa sala esgotada, com a participação de 81 acordeonistas.
É recorrente nas várias galas de acordeão, e nos espectáculos que pela região acontecem, os acordeonistas dedicarem-lhe palavras de apreço e homenagem. Não foi diferente esta sexta feira em Estoi, no concelho de Faro, na III Gala do Acordeão quando tiveram conhecimento da trágica notícia e todos subiram ao palco para 1 minuto de silêncio em sentida homenagem à grande diva.
O contributo de Eugénia Lima para a perpetuação da tradição de grandes acordeonistas do Algarve é assumido, onde até residiu e deu aulas. A sua relação de estima com o Algarve fica também salvaguardada com os vários corridinhos que compôs, tendo inclusive designado de “Coração Algarvio” um desses corridinhos.
“A cultura do Algarve despede-se com um profundo agradecimento a esta mulher notável”, frisa a diretora regional Alexandra Gonçalves.
