Algarvios aderiram à greve geral de forma significativa

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Portos, serviços públicos, empresas privadas, serviços de proteção civil, serviços aeroportuários e muitos outros locais no Algarve viram o seu funcionamento normal sériamente afetado com a adesão à Greve Geral que se registou hoje.
Apesar de marcada para o dia 24, a greve geral começou nas horas finais do dia 23.
Ao longo do dia, foram vários os serviços públicos e privados do Algarve cujos trabalhadores aderiram ao apelo lançado pelos sindicatos nacionais como forma de luta contra as medidas que o Governo pretende implementar como forma de combate à crise.
Em comunicado, Aurélio Rodrigues, do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, recordou os motivos da greve e as razões para que argumentos como “já não vale a pena”, “as medidas já estão tomadas”, “o Governo não volta atrás” ou até “vou perder um dia de salário que me faz falta”, sejam argumentos fracos.
“Optarmos pelo laxismo, pela atitude conservadora de deixar andar, de esperar que os outros façam as coisas por nós, não resulta, não é digno da ação coletiva que nos identifica como sociedade, como Nação e como trabalhadores organizados em estruturas sindicais”, argumentou.
“Fazer greve geral, poderá ser a única atitude que nos resta para vincar uma posição de dignidade dos trabalhadores que ,sendo suficientemente forte, sirva de aviso para a inversão de algumas políticas governativas que ameaçam a nossa sobrevivência futura”, acrescentou.

A nível nacional, as forças sindicais afirmam que o protesto contra as medidas de austeridade do Governo terá contado com a adesão de mais de três milhões de trabalhadores. Importa recordar que entre as medidas mais criticadas pelas forças sindicais estão situações como o congelamento das pensões em 2011, o aumento do IVA e os cortes de salário para os trabalhadores do Estado.

O JA deixa aqui algumas notas sobre a forma como esta greve afetou a região:

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23 Novembro

20h30 – Adesão total dos trabalhadores que recolhem o lixo no concelho de Loulé.

22h30 – Os funcionários responsáveis pela recolha de lixo no concelho de Olhão paralisaram em massa.

23h45 – A União de Sindicatos do Algarve divulga um comunicado que alerta que a adesão dos trabalhadores dos Portos e Barras da região foi de tal forma significativa que obrigou ao encerramento dos mesmos.
“No Algarve regista-se uma paralisação total dos portos da região. Os trabalhadores portuários do IPTM, os pilotos da barra e os controladores de tráfego marítimo aderiram massicamente à Greve Geral, paralisando todos os portos da região, de Sagres a Vila Real de Santo António.
As atividades e operações portuárias com os nacios mercantes, de comércio, cruzeiros, pescas e recreio e nos estaleiros foram afetadas de forma significativa.
No Porto de Porimão um navio de cruzeiros com 446 passageiros e 252 tripulantes a bordo cancelou a escala e rumou para o Porto de Sevilha.
No Porto de Faro, um navio mercante ficou ao largo à espera de oportunidade para atracar e carregar 2,2 toneladas de alfarroba com destino ao Reino Unido.
Ao protesto nacional juntaram-se ainda os pescadores e os trabalhadores da Docapesca e dos estaleiros.

23h56 – A frota de pesca da sardinha do Porto de Olhão composta por dez embarcações não saiu para o mar ficando parada no porto.

24 Novembro
0h00 – Os dados sindicais apontam para uma adesão dos enfermeiros algarvios para o primeiro turno do dia, que se iniciou à meia-noite. No Hospital de Faro a adesão dos enfermeiros foi de 93 por cento, no Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio a adesão contabilizou 81 por centos destes profissionais de saúde e no Hospital de Lagos a adesão foi total, ou seja, 100 por cento.

0h00 – Os turnos da meia-noite às 8h00 escalados para os Bombeiros Municipais de Faro foram afetados ao verem 95 por cento dos profissionais a aderirem a esta greve.
De acordo com as informações divulgadas pelo SindicatoNacional dos Bombeiros Profissionais, nos Corpos de Bombeiros Municipais de Loulé, Tavira e Olhão a adesão foi de 65 por cento.

8h00 – A equipa escalada para o turno que se iniciou às 8h00 nos Bombeiros Municipais de Faro teve uma percentagem de adesão à greve de 95 por cento.
Nos Corpos de Bombeiros Municipais de Loulé, Tavira e Olhão a adesão foi de 65 por cento.

9h05 – As forças sindicais anunciam uma adesão elevada à greve por parte dos trabalhadores que laboram no Aeroporto Internacional de Faro. “Algumas companhias estão a embarcar os passageiros a partir do aeroporto de Sevilha”, refere o comunicado enviado às redações.

9h10 – O Lidl de Tavira abre com apenas dois chefes que asseguram a reposição de fruta e a caixa do estabelecimento.

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