Alunos vila-realenses descobrem bairros típicos de Olhão

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Pouco passava das 12h00 de um dia frio de fevereiro quando 80 alunos de cinco turmas do 8.º ano do Agrupamento de Escolas D. José I, de Vila Real de Santo António, se reuniam à porta do Museu da Cidade de Olhão, no antigo Edifício do Compromisso Marítimo, para uma visita.

“Bem vindos a Olhão e ao Caminho das Lendas!” Assim foram recebidos os jovens pelos técnicos do Museu, que no espaço de uma hora os levaram pelos vários largos olhanenses e deram explicações sobre as respetivas lendas.

A primeira paragem desta rota foi no Largo da Fábrica Velha, com a Lenda de Marim. Esse mesmo largo abre as portas para o Bairro do Levante, um bairro tipicamente olhanense, mais moderno.

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Ainda no Levante, aconteceu a segunda paragem, na Praça Patrão Joaquim Lopes, com a Lenda da Floripes e a estátua da mesma, sempre muito apreciada pelos visitantes. A lenda mais conhecida de Olhão foi muito bem recebida pelos alunos. Beatriz Peres, de 14 anos, explicou porque apreciou a Lenda da Floripes: “Gosto de histórias misteriosas e assustadoras, por isso gostei desta!”.

Saindo do Bairro do Levante, seguimos em direção ao Bairro da Barreta, o bairro mais típico e antigo de Olhão, onde se encontram ruas estreitas, pedonais, que se podem tornar autênticos labirintos. É um bairro de pescadores por excelência, que apesar da falta de recursos dos seus residentes era sempre estimado e cuidado pelas mulheres, que ficavam em terra.

No centro deste bairro encontramos a Lenda do Mouro Encantado, no Largo do Gaibéu, sobre um jovem mouro encantado que acompanhava um menino de Olhão, e desapareceu quando o dito menino o levou à Igreja.

No Largo do Carolas, os alunos puderam ver uma outra escultura, a do Menino dos Olhos Grandes. A lenda, com o mesmo nome, conta a história de um menino que aparecia a um canto, com um cesto de vime no braço, que pesava sempre, cada vez mais, a cada passo dado por alguém que o carregasse.

O percurso pelo Caminho das Lendas terminou no Largo João da Carma, com a Lenda do Arraúl, um homem valente, que seria responsável pela língua de areia que protege a costa, criando as Ilhas da Fuseta, Armona e Culatra.

A última parte da visita de estudo dos alunos de Vila Real de Santo António a Olhão, foi ao Museu Municipal, onde os jovens puderam descobrir um pouco mais sobre a herança do povo olhanense ao longo dos anos, a atividade salineira na cidade e a sua importância, a história dos compromissos marítimos no Algarve e neste caso, em Olhão e, claro, sobre o papel dos olhanenses e do Caíque Bom Sucesso na revolta contra os franceses.

Esta revolta, ainda hoje relembrada, começou com a organização e coragem do povo olhanense contra o invasor, e motivou todo o País para a luta. Cerca de um mês depois, a 6 de julho de 1808, saía de Olhão o Caíque Bom Sucesso, com 17 marujos cuja missão era levar a boa nova à Família Real que se encontrava no Brasil. A atribulada viagem terminaria, com sucesso, dois meses e meio depois, a 22 de setembro, no Rio de Janeiro.
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