António Eusébio aponta recurso aos tribunais por causa da paragem nas obras da EN 125

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Obras de requalificação da EN 125 na zona de Faro, acesso a Pechão

O presidente do PS Algarve, António Eusébio, voltou a criticar o “abandono” das obras de requalificação da EN 125 por parte do Governo e, em jeito de desafio aos municípios afetados, questionou se será preciso recorrer aos tribunais para que a situação seja resolvida.

“Depois de tantas insistências junto dos organismos governamentais, quer dos municípios afectados, quer de instituições da sociedade civil, será preciso que os municípios algarvios também recorram aos tribunais para que as obras se iniciem e sejam devidamente concluídas?”, questionou o líder dos socialistas algarvios.

No início deste mês, o Estado Português foi condenado nos tribunais depois de ter abandonado os trabalhos na autoestrada do Baixo Alentejo (A26), na sequência do processo movido pelo município de Ferreira do Alentejo.

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“Não queremos nem desejamos ser notícia por razões semelhantes, mas não é este o cartão de visita que pretendemos apresentar aos milhões de visitantes que procuram a nossa região nesta época do ano, nem é este o cenário onde pretendemos viver com as nossas famílias e desenvolver as nossas atividades socioeconómicas”, frisou António Eusébio em comunicado enviado às redações.

No mesmo comunicado, o presidente do PS-Algarve exorta o Governo e a empresa Rotas do Algarve Litoral “a evitarem mais uma vergonhosa condenação judicial pela sua inacção irresponsável, se bem que já nada possam fazer para escaparem-se da censura popular”.

O Governo anunciou, no início de outubro do ano passado e através das Estradas de Portugal, que havia acordado, com a Rotas do Algarve Litoral, a revisão das cláusulas de despesa e investimento previstas no âmbito da subconcessão da estrada nacional 125, deixando antever a conclusão das obras suspensas desde o início de 2012.

No entanto, passados cerca de dez meses, as obras que se encontravam suspensas nas variantes de Faro, Almansil (Loulé) e Albufeira, bem como no troço entre Lagos e Vila do Bispo, continuam abandonadas.

“Não se consegue perceber o sentido daquela ‘óptima notícia para o Algarve’, como oportunamente sublinhou o responsável regional do principal partido da coligação governamental”, diz António Eusébio.

“Dando ênfase às alegadas poupanças financeiras decorrentes desta renegociação irresponsável, o Governo faz tábua rasa dos compromissos assumidos com os algarvios sobre a requalificação total da EN 125, apresentada pelo anterior primeiro-ministro, em 16 de março de 2008, como a primeira intervenção estratégica de requalificação integral de uma estrada nacional”, recorda o líder dos socialistas algarvios.

António Eusébio alerta que a suspensão dos trabalhos e o abandono dos estaleiros de obra, além de estarem a “ameaçar a integridade de pessoas e bens”, prejudicam “de forma séria e dificilmente recuperável” a imagem nacional e internacional da principal região turística portuguesa.

Domingos Viegas

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