O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR), José Apolinário, defendeu esta semana que as receitas provenientes da Fortaleza de Sagres devem ficar no território e não servir para financiar serviços em Lisboa.
“A receita de bilheteira da Fortaleza de Sagres deve, pois, ser alocada às despesas de funcionamento deste monumento nacional, com um corpo técnico e de recursos humanos adequado à missão de serviço público de acesso à cultura e ao património, dotando este monumento ímpar de um serviço educativo (neste momento inexistente), com um programa cultural que valorize Sagres como Marca Património Europeu, sempre que possível com a dinamização e promoção dos demais monumentos nacionais na região”, disse em comunicado.
O responsável revela ainda que “o contributo da Direção Geral da Política Cultural para a valorização de Sagres como património cultural tem sido muito próximo do zero”, além do nulo empenho da mesma entidade “para a escolha e continuidade de Sagres como Marca do Património Europeu ou para o investimento superior a três milhões de euros no recente Centro Interpretativo Multimédia alusivo aos Descobrimentos”.
José Apolinário refere que as escolhas da medida do Plano de Recuperação e Resiliência de requalificação e conservação dos museus, monumentos e palácios públicos tem uma verba de 150 milhões de euros, sendo 60 milhões deles alocados a museus e monumentos em Lisboa e apenas 621 mil euros em Sagres.