O pintor espanhol é descendente de famílias de Silves, mas poucos conhecem os segredos das suas origens e dos seus antepassados, que são agora revelados na obra de Augusto Thassio
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DOMINGOS VIEGAS
A Biblioteca Municipal Vicente Campinas, de Vila Real de Santo António, acolheu na sexta-feira a apresentação do livro “Y al Fondo, Ayamonte” (E ao Fundo, Ayamonte) do escritor espanhol Augusto Thassio. A obra conta as surpreendentes origens do pintor Rafael Oliva.
“O livro tem alguma ficção, que o autor utilizou para ajudar a romancear o enredo, mas de uma forma geral está correto e conta a história dos meus antepassados, desde o final do século XIX”, explica o pintor espanhol, que tem origens na cidade algarvia de Silves.
A obra fala da travessia do Guadiana, desde o Algarve, até ao centro de acolhimento de recém-nascidos da cidade espanhola de Ayamonte, onde a avó de Rafael Oliva passou os primeiros anos de vida, e do amor entre uma empregada doméstica e um marinheiro.
Pelo meio, a situação política e os conflitos sociais de princípios do século XX, as revoltas dos trabalhadores da indústria conserveira, a Guerra Civil espanhola e os fusilamentos que aconteceram em Ayamonte, o problemático casamento de uma vendedora ambulante com um viúvo que já possuía vários filhos, bem como o reencontro com a catedral de Silves.
Mas o grande segredo tem a ver com a cidade de Silves e com a Igreja Católica. “Há um segredo que tem a ver com a Igreja e que será revelado a quem ler a obra”, explica Rafael Oliva.
Depois de ter sido apresentado em várias cidades espanholas e da sessão de Vila Real de Santo António, em que a apresentação esteve a cargo de Adelino Tacão, segue-se uma apresentação na Casa da Cultura de Ayamonte, no próximo dia 07 de agosto (às 21h00, hora de Espanha), que estará a cargo da jornalista espanhola Nieves Herrero.
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