AVARIAS: Estará a temperatura da Madeira numa ‘offshore’?

Gostei daquela dos não sei quantos mil milhões de euros que saíram do país, sem ninguém saber. Como sempre o culpado vai ser um funcionário que esteja na base da pirâmide do Ministério das Finanças. Ou da empregada da limpeza que ao fazer o trabalho da noite carregou no botão do computador, quando o que queria era apagar a luz da divisão onde limpava. Atenção, que o que estou a escrever não vai mais além do que se tem lembrado, em tudo o que é órgão de informação. Tenho que ter cuidado, ainda me acusam de plágio de ideias: não existe tal coisa? Façam o favor de se servir. Estava então a dizer que gosto que se passem estas coisas, cada vez que os políticos dão um salto à televisão para se armarem em bons. Para cada cagança, uma aldrabice, só para equilibrar. Vemos um noticiário a lá chegam os tipos a dizer que fazem bem, com uma grande elevação de carácter, que logo a seguir lá vem outra barraca. Ou seja, devolvem-nos à terra. Outros que nos devolveram à terra (ou Terra), foram os procuradís-simos chilenos ou argentinos que fugiram de uma cadeia portuguesa e que detidos em Espanha, apenas um foi deportado; tudo porque os espanhóis ou os tugas não fizeram bem o trabalho de casa. Muito provavelmente o caso que aqui me traz hoje não terá a ver com nada do que aqui escrevi, mas não sei porquê parece-me que sim, isto porque um passarinho mo segredou.

Costumo ouvir (não muito militantemente) a Antena 3 pela manhã. Faço-o pelas razões que muitos outros o fazem: porque gosto de muita da música que lá passa, pelo “Mata Bicho” e porque à medida que vão aparecendo as diferentes rúbricas vou sabendo em que ponto vai o meu processo de despachanço. Quando chega o “Linha Avançada” com José Nunes e eu ainda não comecei a tomar o pequeno-almoço é sinal que tenho que me apressar, ou começar a rezar para conseguir um lugar de estacionamento bem perto da escola (ou as duas coisas). Significa que o que tenho ouvido será via Antena 3; não sei o que se passa com a Antena 1, nem sequer sei se o caso se estende a outros programas que não os da manhã e conta-se rapidamente. Quando os locutores se referem às temperaturas que se espera que façam nas principais cidades e pontos de referência (por exemplo Sagres), não ouço – por norma – o Funchal. A omissão estende-se ao estado de tempo (se vai chover ou fazer sol) o que me parece mais grave. Não que eu tenha algum dinheiro empatado com a terra do nosso menine d’oure, o tal que não ouso mencionar o nome, mas sim faz-me espécie. A Madeira não será filha de Deus? Será que os locutores não terão pensado que a ilha (mais o Porto Santo) já não será região autónoma tuga? Ou não terão notado a omissão na cábula que lhes fornecem? Não sei, mas não tenho raiva de quem sabe.

Fernando Proença

 

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