Bactérias põem em risco gruta património da UNESCO

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Pinturas rupestres da caverna de Lascaux, em França, que é considerada a Capela Sistina da pré-história, correm risco de destruição total por ação de fungos e bactérias.

O Governo da França colocou em curso um plano de emergência para salvar as pinturas da gruta de Lascaux, o mais famoso exemplo de arte rupestre do mundo, conhecida como Capela Sistina da pré-história.

Algumas das pinturas de 17 mil anos foram atacadas por fungos, na terceira infestação em sete anos. As autoridades francesas intervieram de imediato, mas o resultado não foi o esperado.

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O Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) afirma que os produtos utilizados na desinfestação levada a cabo na histórica gruta favoreceram o surgimento de novos fungos e bactérias em vez de eliminarem os já existentes.

As grutas recebiam cerca de 1800 visitantes por dia mas o espaço foi encerrado ao público em 1963, quando se descobriu que a iluminação artificial levou ao aparecimento de uma alga verde nas paredes da gruta, onde estão representadas cerca de 1900 figuras de animais e sinais geométricos.

Controlo ambiental pode ser responsável pelos fungos

Em 2001, descobriu-se que o fungo Fusarium Solani espalhou-se pelas paredes da gruta de Lascaux. O alarme foi dado pouco tempo depois após a instalação de um sistema de controlo ambiental na caverna.

Alguns cientistas supõem que a introdução dos equipamentos foi mal executada e pode ser parcialmente responsável pela invasão de fungos. Desde então, nunca mais se conseguiu extinguir o surto.

Um especialista do Conselho Superior de Investigações Científicas teme que a catedral francesa de arte rupestre apresente um estado de degradação irreversível. E lamenta que a intervenção do Homem possa acabar, em poucos meses, com um testemunho histórico de rara beleza que sobreviveu durante 17.000 anos.

Vera Mendes (Rede Expresso)
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