Balsemão considera comunicação social profissional e rigorosa fundamental para a democracia

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Presidente do grupo Impresa, Francisco Pinto Balsemão, aproveitou a homenagem no Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais (IESF) para falar do futuro dos grupos de media em Portugal.

Francisco Pinto Balsemão, presidente do grupo Impresa, foi homenageado hoje ao fim da tarde no IESF-Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais, em Valadares, Vila Nova de Gaia, com a inscrição do seu nome como patrono de uma das salas de aula e a atribuição do título de professor “laboris causa”.

Numa cerimónia que decorreu no edifício Heliânia, Francisco Balsemão deu uma aula sobre o futuro dos grupos de media em Portugal, durante a qual procedeu a um conjunto alargado de reflexões sobre os desafios do presente e as incógnitas do futuro num setor marcado por profundas e constantes mudanças.

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Todos os dias surgem novas plataformas e em cada instante a Internet é inundada de informações muitas vezes não escrutinadas por ninguém, o que, avisa o presidente do grupo Impresa, coloca sérias questões no âmbito da liberdade dos cidadãos.

Respeito pela deontologia

É fundamental haver regras para quem informa, até porque, acrescentou, “os jornalistas dos órgãos de comunicação social profissionais obedecem a regras deontológicas que têm de respeitar e quando não as respeitam são ou deviam ser sancionados”.

Ao abordar a excessiva exposição a que os cidadãos aceitam submeter-se em redes sociais como o “facebook” ou o “twitter”, Pinto Balsemão deixou claro que “o tudo a nu” lhe deixa muitas dúvidas, porquanto facilmente se resvala “para o vale tudo e isso não é bom para a liberdade de informação”.

Na sua intervenção, o fundador do Expresso começou por fazer uma caracterização do atual panorama dos media em Portugal, com quatro grupos privados (Impresa, Media Capital, Controljornal e Cofina), que, sublinhou, concorrem, muitas vezes em condições de desigualdade, com um quinto elemento representado pelos diferentes canais de televisão e estações de rádio do Estado. Todos os grupos privados têm publicações em papel e todos têm apostado muito na Internet, um negócio “que por enquanto não é rentável”.

A aposta em soluções imaginativas

Encontrar formas de gerar novas receitas é um dos grandes desafios que hoje se colocam a estes grupos, constantemente confrontados com a necessidade de encontrar soluções imaginativas. O grupo Impresa tem testado muitas dessas soluções inovadoras de modo a garantir a sua própria independência, vista como condição fundamental para assegurar a liberdade editorial, disse Francisco Pinto Balsemão.

O IESF foi fundado em 1990 por Miguel Cadilhe. Tinha na altura como estrutura acionista o Grupo Banco Português do Atlântico. Em 1997 a empresa foi adquirida por um grupo de professores universitários e é hoje uma instituição de ensino superior vocacionada para proporcionar formação (licenciatura, mestrado ou pós-graduação), na área das ciências empresariais.

Valdemar Cruz / Rede Expresso

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