BoCA defende natureza em Faro com plantação de árvore

A ideia, segundo o diretor artístico, é criar um movimento global

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A plantação de uma árvore como um “gesto artístico” para esse espaço natural acolher depois produções artísticas é o objetivo da iniciativa “A Defesa da Natureza em Faro”, promovida pela Bienal de Arte Contemporânea BoCA. 

John Romão, diretor artístico da BoCA (acrónimo da designação em inglês, Bienal of Contemporary Art), explicou que a iniciativa está a ser preparada com a Câmara de Faro, que está a receber agora inscrições para organizar as plantações em dois momentos, um na primavera e outro em outubro, na expectativa de esses espaços serem uma forma de ligar natureza e produção artística. 

“Iniciámos no ano passado uma parceria com a Câmara de Faro em torno da bienal BoCA, que aconteceu em setembro outubro em Lisboa, Almada e Faro, numa parceria com os três municípios, e nesses municípios iniciámos um projeto que se chama ‘A Defesa da Natureza’”, afirmou John Romão. 

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A mesma fonte adiantou que o projeto é pensado a dois momentos e conta agora com uma abertura de inscrições (‘open call’), na qual a “população em geral, não só os artistas, mas também associações ou qualquer pessoa” são convidados a participar na plantação de uma árvore e a “atribuir-lhes um título como se fosse uma obra de arte”, criando uma relação cultura e ambiente e “olhando a natureza também como um gesto artístico”.  

Depois haverá “um segundo momento – que implica tempo”, no qual “interessa pensar como essa relação com o tempo se aplica na dimensão artística”, acrescentou, frisando que esta fase tem “a ver com a programação artística, cultural, nesses mesmos espaços verdes que se estão a construir ao longo de 10 anos”. 

“A ideia é já para o próximo ano, na próxima edição da nossa programação, podermos começar a pontuar com programação alguns dos espaços que nós começámos a plantar”, antecipou. 

A ideia, segundo o diretor artístico, é criar “um movimento global, do qual a BoCA é um iniciador” com a Câmara de Faro, mas também com as de Lisboa, e o objetivo final é também que “outros municípios se vão juntando, ano após ano, a este gesto” para permitir que “ganhe amplitude e escala nacional”. 

“Só por si, a árvore e a plantação já é lido como um gesto artístico”, afirmou, frisando que depois seguir-se-á “o gesto da programação”. 

A ideia da iniciativa é também permitir que o projeto seja “apropriado pela população, pelas associações” e possa “gerar um novo pensamento também sobre esta relação entre arte e ambiente, sobre a programação cultural e espaços de cultura”, permitindo que estes “ultrapassem os muros dos espaços fechados onde a cultura costuma estar restringida, como o museu, o teatro, ou o centro cultural”. 

A BoCA procura assim “reconfigurar a relação com os espaços naturais associados a uma dimensão artística” e dá assim “o primeiro exemplo”, na expectativa que, “depois, qualquer pessoa ou associação e municípios” adiram à iniciativa.  

“É também uma forma de cruzar territórios artísticos, conhecimentos, cidades, geografias e pessoas em torno de projetos conjuntos”, acrescentou. 

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