A petrolífera BP anunciou hoje que pagou 399 milhões de dólares (315 milhões de euros) em pedidos relacionados com a maré negra no Golfo do México durante as 16 semanas em que geriu as tarefas de compensações pelo desastre.
Desde sexta feira que a BP não admite novas denúncias na sequência do derrame de crude e passou hoje essa tarefa para uma entidade independente criada especificamente para tal, o centro de reclamações do Golfo do México.
A petrolífera aproveitou a ocasião para publicar, em comunicado, a recontagem dos pedidos que recebeu ao longo das 16 semanas que passaram desde 03 de maio, dia em que assumiu as compensações aos afetados.
No concreto, a BP afirma ter processado 154 mil reclamações e mais de 166 chamadas, na sequência das quais passou 127 mil cheques, no valor de 399 milhões de dólares (315 milhões de euros).
A partir de agora, é o centro de reclamações que vai pagar as multas, através de um fundo de 20 milhões de dólares (15,8 milhões de euros), que a petrolífera britânica estabeleceu e que é gerido por terceiros e supervisionado pelo advogado Kenneth Feinberg.
O fundo, que nasceu de um acordo entre a BP e o presidente norte-americano, Barack Obama, vai pagar cinco milhões de dólares (3,9 milhões de euros) por ano ao longo de cinco anos e conta, para já, com um depósito de três mil dólares (2,3 mil euros) que a petrolífera desbloqueou há duas semanas.
Feinberg precisou hoje, em conferência de imprensa, que o centro de reclamações vai compensar tanto salários e lucros perdidos pela interrupção dos negócios como danos de particulares, através de “cheques de emergência”, que vão ser pagos em seis meses.
AL/JA