Bruxelas troca quotas obrigatórias de refugiados por campos de acolhimento

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Quotas? Quais quotas? O conselho extraordinário de ministros da Justiça e Assuntos Internos deverá ter deixado de lado o debate em torno da fixação de um número mínimo e obrigatório de refugiados a acolher por casa país, optando pela construção de campos de acolhimento em Itália e na Grécia, mas também fora do espaço da União Europeia, noticia o “The Guardian”. A ideia é clara: travar a vaga de migrantes vindos do oriente que nas últimas semanas procuram refúgio, sobretudo na Alemanha.

Os ministros deverão ainda recusar a proposta da Comissão Europeia para distribuir os refugiados por 22 Estados-membros, aprovando linhas de financiamento de longo prazo para a construção dos tais campos de refugiados fora da UE.

Num documento preparatório do encontro desta segunda-feira de tarde em Bruxelas, elaborado por diplomatas e ao qual o “The Guardian” teve acesso, os centros de acolhimento na Grécia e em Itália deverão ser concedidos para “acolher temporariamente os refugiados”, enquanto são identificados, registados e recolhidas as suas impressões digitais.

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No documento em causa refere-se ainda que os pedidos de asilo devem ser analisados rapidamente e que todos aqueles que vejam os seus requerimentos indeferidos serão deportados de imediato.

“É crucial que mecanismos robustos estejam rapidamente operacionais em Itália e na Grécia para garantir a identificação, registo e recolha de impressões digitais dos migrantes; para identificar todos aqueles que necessitem de proteção internacional e apoio na sua recolocação; e para identificar imigrante ilegais a deportar de imediato”, pode ler-se no documento, em que se prevê igualmente a criação de “equipas de intervenção rápida”, as quais deverão ser enviadas para “fronteiras externas sensíveis”.

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