Buscas pelo avião malaio dificultadas pela extensão da área

ouvir notícia

- Publicidade -spot_img
A zona de buscas pelo avião da Malaysia Airlines estende-se por cerca de 600 mil km2

A China anunciou ter deslocado 21 satélites para ajudar nas buscas do Boeing 777 da Malaysia Airlines, desaparecido a 8 de março, com 239 pessoas a bordo, enquanto a Austrália declarou que as operações no Oceano Índico deverão durar “algumas semanas”.

“De acordo com o pedido do governo da Malásia, estamos a mobilizar satélites e radares da secção chinesa para as buscas pelo avião”, afirmou o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Hong Lei, citado pela agência estatal Xinhua, sublinhando que 21 satélites estão envolvidos na operação.

Segundo a AFP, a zona de buscas estende-se por cerca de 600 mil km2 (uma área equivalente à da península ibérica), entre a costa do Mar Cáspio e o sul do Oceano Índico. As autoridades malaias acreditam que os sistemas de comunicações foram desligados deliberadamente 40 minutos após a descolagem. O aparelho terá baixado de altitude de forma a não ser detetado pelos radares e alterado depois a sua rota.

- Publicidade -

“Encontrar uma agulha num palheiro”

As buscas no Oceano Índico estão a ser lideradas pela Austrália, mas contam com a ajuda de aviões americanos e neo-zelandeses.

“Estas buscas serão muito difíceis (…). A mudança da extensão da área coloca um difícil desafio. É como encontrar uma agulha num palheiro, pelo as operações deverão durar algumas semanas”, afirma John Young, chefe de operações da Autoridade Marítima Australiana.

O jornal “The New York Times” avança hoje que a rota do avião da Malaysia Airlines terá sido alterada através do sistema informático e não manualmente, uma operação complexa e que exige conhecimentos na área, o que leva a crer que quem esteve por detrás deste ato, alegadamente intencional, foi um piloto ou tripulante.

Familiares queixam-se de falta de informações

Entretanto, alguns familiares de passageiros do Boeing 777 da Malaysia Airlines ameaçam fazer greve de fome, em protesto contra a “falta de informação” sobre o caso.

“Nós não temos informações e todo o mundo fala sobre o desaparecimento do avião. Não se compreende. É inquietante”, lamenta Wen Wancheng, pai de dois passageiros que seguiam a bordo do aparelho malaio.

Alguns familiares têm-se reunido com responsáveis da companhia área num hotel situado no centro de Pequim. Mas todos se queixam que as informações são escassas e insuficientes. “O embaixador malaio deveria vir aqui pessoalmente e ainda não o fez”, acrescenta Wen Wancheng, classificando a comunicação de “desastrosa”.

O voo MH370 com destino a Pequim partiu de Kuala Lumpur a 8 de março às 0h41 (16h41 em Lisboa) e desapareceu dos radares às 2h40 (18h40 em Lisboa). Levava combustível para sete horas e meia de voo.

RE

- Publicidade -
- Publicidade -spot_imgspot_img

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.