Não abranda a megaoperação de caça aos dois suspeitos do atentado de quarta-feira à sede do semanário “Charlie Hebdo”, onde estão envolvidos quase 90 mil agentes.
Esta manhã registou-se uma intensa troca de tiros na Estrada Nacional 2, na vila de Dammartin-en-Goële, onde os dois terão feito reféns numa empresa que o “Le Monde” diz ser uma pequena gráfica com cinco funcionários. A vila fica distante de Paris cerca de uma hora de carro e próxima do aeroporto de Roissy. O “Le Parisien” fala em dois mortos e vinte feridos neste troca de tiros, ainda que o Governo francês desminta.
Cinco helicópteros estão neste momento a sobrevoar o local e segundo a estação “iTélé” as negociações das autoridades com os dois suspeitos já terão começado.
De acordo o jornal “Le Fígaro”, um Peugeot cinza foi roubado às 08h40 (07h40 em Lisboa) um Peugeot cinza em Montagny Sainte-Félicité por dois indivíduos armados, cujas características parecem correspondender às dos dois irmãos que as autoridades procuram.
Na aldeia vizinha de Montge-en-Goële fica localizado o restaurante português Cortiço. Contactado pelo Expresso, o proprietário do espaço dá conta da “enorme agitação em toda a aldeia, com permanente vai e vem de elementos da polícia de elite, carros blindados, helicópteros”.
Também uma funcionária da empresa relatou ao jornal “Le Monde” o forte dispositivo policial local. “Eu trabalho no armazém Kuehne Nagel na área industrial. Há uma meia hora ou assim eu ouvi dois tiros e em cinco minutos havia toda esta segurança, helicópteros da polícia, etc. Nós fomos proibidos de estar perto de janelas, tendo sido solicitados a permanecer dentro do armazém”, explicou a funcionária.
Entretanto, o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, prestou uma curta declaração, elogiando a “resposta rápida” das autoridades e revelando que “elementos importantes” foram conseguidos no âmbito da investigação sobre o tiroteio de Montrouge, onde a polícia foi morto na manhã de quinta-feira.
RE