Castro-marinenses voltaram a ser ouvidos na Assembleia da República

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Uma delegação da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Castro Marim esteve na última semana na Assembleia da República, numa audiência que tinha sido solicitada no âmbito das ações pela defesa dos serviços públicos daquele concelho e contra o seu encerramento.

Aquela delegação pretendia ser ouvida por todos os grupos parlamentares, no entanto apenas marcaram presença um representante do PSD e outro do PCP.

“No encontro realizado, e sem que tal signifique um compromisso da parte do Governo, que não esteve na reunião, foi assumido pelos partidos do Governo, apenas interesse pela reabertura da extensão de saúde do Azinhal, esquecendo ou tão pouco mencionando qualquer preocupação pela extensão de saúde de Odeleite”, explicam os membros daquela comissão de utentes.

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A delegação que viajou de Castro Marim ouviu ainda os parlamentares elogiarem a Unidade Móvel de Saúde criada naquele concelho e apontada como “uma excelente opção para o apoio aos chamados cuidados primários de saúde”.

No entando, para aquela comissão de utentes trata-se “tão só, de mais um remendo visando acalmar as populações”, já que a Unidade Móvel de Saúde “é um serviço para dar resposta a acamados e outras pessoas que tenham ‘desistido’ de ir a ao centro de saúde, mas que não só não responde a situações de urgência, como não substitui os serviços de proximidade que estão a ser destruídos”.

No âmbito da Educação, a Comissão de Utentes de Castro Marim considera que a não inclusão, para já, da Escola Básica de Odeleite na listagem de escolas a encerrar que o Governo publicou é “uma vitória da luta das populações”.

“No entanto, enquanto persistir a política de desvalorização da escola pública e dos cortes orçamentais – com ou sem troika – que já levou ao encerramento da Escola do Azinhal, continuará a ameaça do seu encerramento a que é preciso dar combate”, referem os membros da comissão de utentes.

A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Castro Marim recorda que o processo de “encerramento e degradação” de serviços públicos, que está a decorrer em todo o país, irá contribuir para “um maior isolamento e abandono dos idosos” e para “um aumento da desertificação e do desemprego”.

Neste sentido, reafirmam que farão tudo “para conseguir a reabertura das extensões de saúde – Odeleite e Azinhal – e impedir que se concretize, entre outros serviços, a ameaça de encerramento da repartição de finanças e de Escolas Básicas de Castro Marim”.

A Comissão de Utentes de Castro Marim, no seguimento das mobilizações já realizadas, entre as quais o abaixo-assinado com mais de 1200 assinaturas, concentrações em Castro Marim (dezembro de 2013) e em Odeleite (já este mês), apela à “intensificação da luta das populações para a defesa dos seus interesses e direitos que os sucessivos governos e seus fiéis executantes, querem destruir”.

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