Centro hospitalar algarvio nega rutura de serviços

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Num comunicado revelado esta terça-feira, o conselho de administração liderado por Pedro Nunes nega qualquer rutura de serviços, nomeadamente de urgência, no Centro Hospitalar do Algarve.

“É falso que, para além de algum incómodo, tenha havido prejuízo para doentes fruto de falta de medicamentos ou consumíveis. Todas as faltas foram, logo que detetadas, de imediato resolvidas quer transferindo de Faro para Portimão quer no sentido inverso. Muitas faltas pontuais, de consumíveis, foram de imediato resolvidas pelos profissionais de enfermagem”, lê-se no documento.

O conselho de administração reconhece, porém, que as restrições financeiras impostas “provocam uma pressão burocrática excecional sobre os serviços de apoio à prática clínica, nomeadamente os serviços financeiros e todos os que se relacionam com as compras, quer de consumíveis, quer de medicamentos”.

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“O mês de janeiro é o mês particularmente dramático dado que têm de ser lançados todos os procedimentos (neste caso cerca de sete mil artigos e moléculas diferentes) e não é possível o abastecimento prévio em quantidade suficiente”, esclarece o CHA.

“Puro oportunismo político”

O conselho de administração garante ainda que “as dificuldades, reitera-se burocráticas de excesso de carga de trabalho, transitórias e em que tudo tem sido possível resolver, não devem continuar em anos futuros sob pena de esgotamento de todos os profissionais agora sujeitos a tão rude prova”.

Por outro lado, o CHA acusa alguns médicos de terem assinado o abaixo-assinado por “puro oportunismo político”. “É inaceitável que médicos que desempenharam elevadas funções de administração nestes hospitais (em governos com que se identificavam politicamente), e que se conformaram com vinte anos de doentes internados nos corredores dos serviços de internamento, e com o terceiro mundista corredor de urgência onde durante anos, tantos doentes sofreram inutilmente, venham agora patrocinar ações do mais puro oportunismo político”, refere o comunicado.

“O país não tem capacidade financeira para tais práticas”

Em resposta ao adiamento de cirurgias por falta de material, o CHA esclarece que tal situação só é possível “se alguém não cumprir o determinado e não colocar os doentes em programa operatório a tempo de se comprar o material”.

“Já lá vai o tempo em que alguns médicos contactavam diretamente os fornecedores, alegando motivo de urgência e encomendavam, em nome do hospital o material que bem entendiam. Esse tempo acabou! O país não tem capacidade financeira para tais práticas”, reage o conselho de administração liderado por Pedro Nunes, explicando que, atualmente, “as compras são asseguradas por concurso, abastecendo-se o hospital dos melhores materiais numa relação qualidade/preço, participando os diretores de serviço nos júris para escolha de tudo o que se consome nos blocos operatórios”.

NC/JA

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