Cerimónias fúnebres de Isabel II arrancam com 96 badaladas e milhares de pessoas nas ruas

A urna com o corpo da rainha Isabel II de Inglaterra, que reinou durante 70 anos, esteve nos últimos dias em câmara ardente no palácio de Westminster, o edifício do parlamento inglês, e vai ser levada por volta das 10:45 para a Abadia de Westminster, onde começará o funeral de Estado, às 11:00

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As cerimónias fúnebres da rainha Isabel II arrancaram esta segunda-feira, dia 19, pouco depois das 09:00 com o sino da Abadia de Westminster a iniciar uma série de 96 badaladas, os mesmo anos com que morreu a monarca, no dia 08 de setembro.

Por volta da mesma hora, as autoridades de Londres informaram que todos os pontos com acesso ao público para ver o cortejo fúnebre, que vai passar por algumas ruas de Londres, estavam já lotados, sem possibilidade de entrarem mais pessoas.

As autoridades instalaram também cinco ecrãs gigantes no Hyde Park, um dos maiores parques de Londres, onde estão a ser transmitidas as cerimónias e onde há horas se concentram já também milhares de pessoas.

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A urna com o corpo da rainha Isabel II de Inglaterra, que reinou durante 70 anos, esteve nos últimos dias em câmara ardente no palácio de Westminster, o edifício do parlamento inglês, e vai ser levada por volta das 10:45 para a Abadia de Westminster, onde começará o funeral de Estado, às 11:00.

Os cerca de 2.000 convidados para o funeral, entre chefes de Estado e de Governo, membros de famílias reais e outras personalidades, começaram a chegar à Abadia de Westminster por volta das 8:00, levados, na sua maioria, em “transportes coletivos”, segundo as autoridades britânicas.

Este é o primeiro funeral de Estado no Reino Unido desde o do primeiro-ministro Winston Churchill, em 1965, e é a maior operação de segurança que jamais houve em Londres, com a maior reunião de líderes internacionais em décadas e a afluência de multidões à cidade, num dia que foi decretado feriado nacional.

Após o funeral, haverá um cortejo fúnebre por várias ruas de Londres, com passagem pelo Palácio de Buckingham, antes de a urna ser levada para Windsor, onde Isabel II será sepultada.

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1 COMENTÁRIO

  1. Desapareceu a última das grandes personagens do século XX, Sua Majestade, a Rainha Isabel II.
    Não sou monárquico, mas inclino-me, respeitosamente, perante a sua memória e o grande povo, que ela tão bem soube representar, o povo britânico, cujas participações para o desenvolvimento da humanidade têm sido notáveis, ao longo dos séculos, e excedem largamente aspectos menos positivos, que lhe poderão ser atribuídos.

    Concordo plenamente com a decisão de o nosso governo ter decretado três dias de luto oficial nacional, pelo falecimento de Isabel II, acto que mais não é do que a memória sensata de que Portugal, quase garantidamente, não existiria, como realidade de país independente, face as históricas e permanentes pretensões usurpadoras castelhanas sobre a coroa portuguesa – que ainda persistiam na mente do ditador Franco – , não fora o aliado inglês que, pelo menos, em três momentos decisivos e de encruzilhada da história pátria, nos séculos XIV, XVII e primeiro quartel do século XIX, nos ajudaram a manter e recuperar a nossa dignidade de povo livre da pata estrangeira e senhor do seu próprio destino.

    Foi excepção, pela negativa, o último período referido, que correspondeu à ausência da família real, no Brasil, a polémica figura do marechal Beresford, comandante das forças inglesas, no nosso país – que, em vez de aliado, se comportou como ocupante –, pelas tiranias que exerceu sobre o nosso povo, coroada pela afronta da execução do nosso herói, General Gomes Freire de Andrade, militar brilhante e homem de esmerada cultura, no agora chamado Campo dos Mártires da Pátria, em Lisboa, juntamente com outros patriotas, com o pretexto de que fomentava ideias jacobinas.

    Com efeito, o mapa truncado da Península Ibérica, a que falta a larga tira ocidental, que constitui o Portugal livre, soberano e independente, como realidade política, sempre foi uma algo difícil de encarar pela Espanha, embora actualmente, de um modo talvez mais mitigado, depois da entrada de ambos os países na actual EU, com o sonho, sempre adiado, da futura Federação de Estados Europeus.

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