O tweet da companheira do Presidente francês contra a sua ex-mulher teve consequências políticas graves. O primeiro-ministro veio à cena e faltou pouco para pedir a Valérie Trierweiler para ter juízo.
Nos primeiros tempos de Nicolas Sarkozy, no Eliseu, viveram-se momentos de teatro de revista idênticos aos que hoje protagonizam o Presidente François Hollande e a sua companheira, Valérie Trierweiler.
Há cinco anos, também no mês de junho, Cecília, a então mulher do ex-Presidente, tinha um amante e Nicolas Sarkozy andava completamente desnorteado, antes de, pouco tempo depois, ter encontrado um novo amor – a ex-modelo e cantora Carla Bruni.
Agora, o argumento da peça é diferente mas a qualidade do teatro é a mesma. Devorada por ciúmes pela ex-companheira de Hollande (Ségolène Royal), Valérie partiu a louça toda com uma mensagem política, contra ela, na rede Twitter.
Sondagem dá Ségolène batida
O tweet continua a ser o assunto do dia em França – porque desautorizou o Presidente, que tinha apoiado oficialmente a ex-companheira e mãe dos seus quatro filhos, e porque enfraqueceu os socialistas e deu argumentos à direita na fase final da campanha das legislativas.
Misturar assuntos da vida privada com a política não é aconselhável. Aliás, durante a campanha para as recentes presidenciais, fora precisamente essa uma das principais críticas de François Hollande a Nicolas Sarkozy.
O atual psicodrama político-amoroso no Eliseu, que a França segue com estupefação, teve consequências nunca vistas. O chefe do Governo, Jean-Marc Ayrault veio à cena e puxou as orelhas, em público, à primeira-dama! “Cada um no seu lugar”, disse o primeiro-ministro francês, antes de lembrar a Valérie Trierweiler que o seu papel no Eliseu exige discrição.
Depois do polémico tweet, uma sondagem dá Ségolène Royal, ex-candidata às presidenciais, batida na segunda volta das legislativas, no próximo domingo, pelo candidato socialista dissidente apoiado por Valérie.
Psicodrama no Eliseu: à suivre…