O Clube Farense, em Faro, vai debater o conflito entre Israel e o grupo Hamas, na Palestina, numa sessão intitulada “Guerra ou Paz”, que decorre na sexta-feira, pelas 21:30.
Este debate, com a participação de Ana Gomes, Mário Tomé e Domingos Lopes, surge após uma vigília pela paz no Médio Oriente, pelo fim da agressão a Gaza e pelo respeito dos direitos do povo palestino, que decorreu na capital algarvia a 8 de novembro.
A vigília contou com centenas de pessoas e foi promovida pela União dos Sindicatos do Algarve/CGTP-IN, pelo CPPC e pelo MPPM, que reclamam o fim imediato dos bombardeamentos sobre a Faixa de Gaza e do massacre dos seus habitantes.
Os presentes reclamaram ainda que seja cortado o passo à escalada e alastramento da guerra aos países vizinhos e a todo o Médio Oriente, além de que se encete um real processo político conducente à criação de um Estado da Palestina, independente e soberano, com controlo das suas fronteiras.
Um pouco por todo o país vão decorrer iniciativas do mesmo género, como uma marcha nacional entre a Praça do Município de Lisboa e a Assembleia da República no sábado, dia 18 de novembro, a partir das 15:00.
No mesmo dia, no Barreiro, pelas 21:30, está agendada a performance “Desver”, do Teatro do Vestido, na biblioteca municipal, enquanto pelas 21:15, em Viana do Castelo, decorrerá a sessão “O que está a acontecer na Palestina?”, com José Manuel Pureza na sede distrital do Bloco de Esquerda.
Já na sexta-feira, pelas 22:00, vai decorrer uma vigília de solidariedade para com a Palestina no cruzamento da rua do Castelo com a Rua do Souto, em Braga.
Em Almada, no mesmo dia, pelas 20:00, está programada uma sessão de leitura de poesia da Palestina no Atelier Tejo.
No Porto vão ocorrer vigílias de solidariedades todas as noites, a partir das 22:00, em frente à Câmara Municipal.
No mesmo dia haverá uma concentração pelo fim à agressão a Gaza e pela paz no Médio Oriente no Largo da Oliveira, em Guimarães, a partir das 18:00.
No domingo, dia 19 de novembro, pelas 15:00, será exibido o documentário “Palestine is still the issue”, seguido de uma conversa sobre a luta do povo palestiniano, na Casa da Juventude da Tapada das Mercês.
Muito bem !
Acho útil e oportuno que se debata as circunstâncias de uma guerra que tantas vítimas provoca, em que uma das partes, lamentavelmente, se nega a qualquer diálogo, tendo somente o propósito único e jurado de destruir a outra, que é um Estado que luta pela sua existência, sendo que o objectivo da primeira das partes foi abortar, deliberadamente, um pacto de paz para os dois povos, que estava em vias de ser conseguido, designado como Paz de Abraão, com o apoio de outros países árabes da região, pacto que previa a existência de dois Estados e poderia, finalmente, trazer a concórdia e entendimento possíveis a esta tão sacrificada zona do Médio Oriente.
Porém, se quisermos ser honestos na análise e não tendenciosos e meramente ideológicos, deveremos equacionar igualmente factos, como a utilização, por uma das partes, da utilização de hospitais e escolas, como locais para instalação – no seu subsolo – de esconderijos para forças militares oponentes (para ser suave na designação), que são, obviamente, um alvo, assim como próprios centros de comando, com todas as consequências laterais, facto que, por si só, configura um crime cobarde e sem nome, que é o de utilizar o povo e inocentes, como escudos humanos.
Se assim não se fizer, se não for esse também o móbil do debate será utilizar, como se costuma dizer, dois pesos e duas medidas e tudo o que for aduzido será inquinado e tempo perdido.