Costa Alentejana e Vicentina vão ter duas grandes Rotas Pedestres

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Dois percursos, um pelo interior e pela história, outro arriscando pelas arribas, praias e falésias do litoral, junto ao mar. À semelhança do que já foi feito no Algarve, chegou a hora de a Costa Vicentina e Sudoeste Alentejano se dar a conhecer a pé, através de duas rotas, com trilhos que somam quase trezentos quilómetros.

O Caminho dos Pescadores é em regra mais difícil, mas tem cenários de rara beleza, num Alentejo e Algarve ainda bem preservados e por vezes, completamente selvagens.
O Caminho dos Pescadores é em regra mais difícil, mas tem cenários de rara beleza, num Alentejo e Algarve ainda bem preservados e por vezes, completamente selvagens.
Assoc. Casas Brancas

“Vai haver percursos com diferentes tipos de dificuldade”, explica Marta Cabral, da Associação Casas Brancas, promotora do projeto.

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“Por exemplo no Caminho dos Pescadores, no litoral, há etapas um pouco mais extensas e difíceis, sem sombras, com falésias e barrancos e não aconselhadas a pessoas com vertigens”, desafia.

Do outro lado, mais para o interior, retoma-se o sentido histórico da ligação de Sagres, no Algarve, a Santiago do Cacém, no Alentejo, recuperando a antiga rota para Santiago… de Compostela. “Essa rota faz a ligação à Grande Rota nº11 que é uma rota transeuropeia que vem de São Petersburgo, na Rússia, e termina no Cabo de São Vicente, passando pelo Caminho de Santiago”.

O projeto ultrapassa, em termos globais, os 500 mil euros de investimento e resulta de uma parceria entre agentes públicos e privados da Costa Alentejana e Vicentina e pretende afirmar estas áreas (parte delas incluídas num Parque Natural) como um destino europeu de Turismo de Natureza, oferecendo “um dos mais belos trechos pedestres do país e da Europa”.

Para além da sinalização do percurso, o projecto prevê uma forte campanha de sensibilização das populações locais para a importância de um projecto estruturante como este para um desenvolvimento mais sustentável, e também para incentivar a criação de projectos complementares e de suporte.

A juntar à associação de turismo Casas Brancas, que coordena o projecto, a parceria conta com a Associação Almargem, que assumirá a implementação do projecto a sul de Odeceixe, e também os Municípios de Santiago do Cacém, Sines, Odemira, Aljezur e Vila do Bispo, o ICNB, o Polis do Alentejo Litoral, as Entidades Regionais de Turismo do Alentejo e do Alentejo Litoral, entre outros.

BTT, Passeios de Burro e a Cavalo e Gastronomia são apostas fortes

A Rota Vicentina deverá ser inaugurada no final de 2011, seguindo-se uma estratégia de promoção internacional dirigida a operadores e imprensa especializada em turismo de natureza.

“Esperamos uma adesão muito forte sobretudo de pessoas dos países da Europa Central, que estão já mais habituadas a este tipo de turismo, mas é óbvio que também acreditamos que muitos portugueses se seguirão”, admite Marta Cabral.

Os percursos estão a ser desenvolvidos em função da história, tradição, gastronomia, fauna e flora a visitar, mas também face aos alojamentos disponíveis para pernoita, que propõem muitas vezes ofertas complementares aos passeios pedestres, tais como passeios a cavalo, passeios de burro, de BTT ou alguns desportos náuticos no Rio Mira (junto a Odemira), por exemplo.
Os mapas das rotas ficarão disponíveis em vários locais, como postos de turismo, edifícios municipais ou na sede da Associação Casas Brancas, em Odemira, bem como através do site da Associação (que integra vários agentes ligados ao turismo rural e de natureza), em www.casasbrancas.pt .

JA/Rede Expresso
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