“Crescente emigração” de médicos preocupa bastonário

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O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, transmitiu esta terça-feira ao Presidente da República a preocupação com a “crescente emigração” de jovens profissionais.

“Há cada vez mais médicos a emigrar. Os médicos estão formar-se cá com qualidade e vão emigrar para o centro e norte da Europa”, disse José Manuel Silva aos jornalistas à saída de um encontro com o Chefe de Estado.

Segundo o bastonário, o país vive uma “situação paradoxal”, uma vez que o Estado investe milhares de euros em formação médica e há falta de médicos de algumas especialidades e depois os profissionais, por falta de solução a curto prazo, emigram para a Europa mais desenvolvida.

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“O Presidente da República tem uma sensibilidade muito particular para a situação da Saúde e percebe que a situação tem que ser analisada com muito cuidado e muita precaução”, acrescentou.

José Manuel Silva defendeu ainda que a austeridade não pode afetar a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS), ao contrário do que se verifica atualmente, sobretudo, na área da oncologia e nesta altura do inverno com mais afluxo de doentes, devido às gripes, e que esperam “demasiadas horas” nos centros de saúde e hospitais.

“A austeridade reflete-se negativamente na resposta e acessibilidade ao SNS. Os cortes têm conduzido à dificuldade de os hospitais responderem às necessidades dos doentes”, frisou.

Sobre o combate à fraude no SNS, o bastonário disse desejar que essa luta seja também extensível a “outros sectores da sociedade.”

RE

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