Crise dos bivalves: Cristóvão Norte reúne-se com profissionais da Ria Formosa

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O deputado social democrata Cristóvão Norte fará uma visita de trabalho a Olhão, este sábado, que terá como mote a questão da reclassificação das zonas de apanha de bivalves da Ria Formosa.

O parlamentar visitará a ETAR poente de Olhão, cerca das 16h00, seguindo depois para os pontos de descarga direta de esgotos de Olhão (Cais T e Porto de Recreio), onde estará por volta das 16h45.

A visita termina com uma reunião com representantes de organizações de pesca, mariscadores e viveiristas, bem como do Sindicato da Pescas do Sul, produtores e comerciantes, cerca das 17h15.

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“Não se pode empurrar a questão da poluição para debaixo do tapete e qualquer solução meritória jamais poderá ignorar a perda de eficiência das ETARS e menos ainda as descargas ilegais a que muitos fazem vista grossa”, defendeu Cristóvão Norte, esta semana, durante a audição com o secretário de Estado do Mar e com o presidente do IPMA, para conhecer as razões que determinaram a reclassificação das zonas de produção de bivalves na Ria Formosa.

Cristóvão Norte reconheceu que “a saúde pública é um valor essencial em que não se pode transigir e que o mesmo é vital para que a reputação de elevada qualidade dos produtos da Ria Formosa não seja ferida”, mas frisou que “importa agir para minimizar os danos que resultam para comunidades que estão muito dependentes da Ria para a sua sobrevivência”.

Refira-se que o secretário de Estado do Mar já assumiu o compromisso de abrir o fundo de compensação salarial, enquanto o processo de reclassificação não estiver terminado, bem como de avançar com as medidas previstas no Programa de Acção para a Melhoria da Qualidade da àgua na Ria Formosa.

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1 COMENTÁRIO

  1. Bom…mas primeiro é necessário compreender que grande parte do problema está em cima da mesa da Câmara Municipal de Olhão. Esta, terá de arranjar meios (dinheiros) para reformular a sua rede de esgotos, bem como solucionar a questão das ETAR, e paralelamente obviar com fiscalização adequada os despejos de águas residuais para a Ria.
    É uma tão árdua tarefa que há para cumprir, que provavelmente nem o bom Astérix, se desenvencilharia nos próximos cinco anos.
    Mas uma coisa é certa: a reclassificação dos terrenos terá se ser feita com o realismo adequado à realidade socioeconómica de toda a massa crítica que compõe a actividade viveirista e recolecção do marisco, desde Portimão até para lá de Tavira, com a questão da conquilha a não aguentar depuração. Dizem que envolve mais de 2000 pessoas. É obra, para uma região (não reconhecida) que sofre endemicamente da intermitência de emprego, e com a restauração e a hotelaria a fechar portas mais de nove meses por ano.
    Acreditamos que 90% do problema passa por resolver a questão das águas residuais que vertem para a Ria Formosa. Para além da questão das microalgas(toxinas) que aparecem com o aquecimento da água, mais outro problema, e este sem solução à vista.
    Haja alegria, muito sol e muita praia, porque apenas necessitamos disto para viver. O resto mandamos às malvas. Quéser…digo eu.

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