CRÓNICA DE FARO: “Amigos para Sempre” na 15ª edição do “Folkfaro”

É sempre de uma significativa emoção aquele cantar do “Amigos para Sempre” com que encerra a gala inaugural da 15ª edição do “FolkFaro – Povos, Culturas e Tradições”, em Agosto no carismático Teatro Municipal da capital sulina. Com efeito, ao longo desta dezena e meia de realizações exemplares do Grupo Folclórico de Faro, aquele longo cordão de representantes de agrupamentos vindos dos cinco continentes e que faz uma admirável simbiose com o público, que nunca deixa de esgotar o Teatro das Figuras, representa um decidido e decisivo “Amigos para Sempre”, uma das grandes forças que o folclore fomenta e torna o Mundo, no respeito pela identidade de cada povo, numa grande aldeia global. Ao longo destes quase noventa anos de meritória atividade o conhecido e prestigiado, para pleno orgulho de todos nós algarvios, agrupamento sediado em Faro e que no arranque dos anos 30 do século passado, Serafim Carmona e outras entusiastas quiseram e souberam constituir, tem sido, por esse planeta em fora o mais dinâmico embaixador e promotor da terra algarvia, através da excelência interpretativa das suas danças, trajes, usos e cantares. Do seu brilhante currículo ressalta a realização deste “FolkFaro – Povos, Culturas e Tradições” que este ano se prolonga até ao dia 27 de Agosto, domingo), com a solene e expressiva celebração ecuménica no ambiente majestoso da Igreja Mãe da Diocese, a Sé Catedral de Faro. Este final acontece após uma intensa e participada digressão por toda a região com meia dúzia de afamados e escolhidos grupos de vários continentes e, como sói dizer-se, de “ranchos” de todas as regiões etnográficas portuguesas quer em espetáculos públicos, dos quais diariamente junto à Doca de Faro, como em instituições de solidariedade e espírito social, assim como cadeias, escolas, etc, sem esquecer os “workshops” dedicados às danças representadas e outras valiosas iniciativas que fazem, por estes dias Faro e o Algarve a verdadeira capital do folclore mundial. Importa recordar que aquele que é considerado o “maior festival folclórico ao Sul do Tejo” é reconhecido oficialmente e certificado pela CIOF, organismo consultor da UNESCO no que a esta área humana se refere e tem alcançado sempre as mais prestigiantes e merecidas referências.

João Leal

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