“Um dos melhores jornalistas da sua geração”, escreveu aquando seu falecimento ocorrido recentemente, o conhecido nome da imprensa portuguesa contemporânea, que é José António Santos. Palavras certas e justas para o jornalista José David Lopes, que no prestigiado e influente matutino “Diário de Notícias”, quando não perdera ainda a notoriedade de que hoje padece, exercera quase, quase todas as funções no período entre 1969 e 2006, revelando toda a sua sagacidade, espírito de investigação e elevado sentido de bem tratar a portuguesa língua.
Natural de Monchique, teve “a paixão do jornalismo que caracterizou a sua carreira na comunicação social”. Como atestam as inúmeras reportagens de sua lavra incertos no “DN” e de que nos ocorrem duas relacionadas com o hoje país da C.P.L.O.P. (Confederação dos Países de Língua Oficial Portuguesa), pátria de tantos famosos escritores, poetas, músicos, cantores e outros cultores das belas artes, aquando da sua independência e, 20 anos volvidos, a erupção do vulcão na Ilha do Fogo.
Dizia-se, com afetividade irónica, tão própria dos portugueses, que o José David Lopes “casara com o Diário de Notícias” tal era a devoção que o unia ao jornal. Foi estudar para a Universidade de Lisboa e, aos 26 anos, trocou definitivamente os estudos superiores para se dedicar, por inteiro, ao jornalismo.
Morreu, devido a doença prolongada, aos 75 anos, no Hospital dos Capuchos em Lisboa. Deus o chamou a Si e um grande jornalista algarvio dos nossos tempos.
João Leal