CRÓNICA DE FARO: “Será desta?”

Nos últimos dias do pretérito ano, assim como no arranque de 2017, que formulamos os votos das maiores felicidades para o Algarve e para todos os nossos estimados leitores, surgiram duas notícias do mais elevado interesse para Faro e que a concretizarem-se, tornam realidades que desde há muitos anos, se incluem nas aspirações das boas gentes de Faro. Forma as mesmas repetidas vezes focadas nestas colunas representando obras básicas para a cidade de Ibn Hanrun e o seu anúncio de efetivação num futuro próximo uma esperança renascida e a razão inicial deste escrito – “Será desta?”

Referimo-nos ao anúncio feito pela Docapesca da construção da tão ambicionada como desejada marina de Faro, transformado em tal o desativado porto comercial, que perdeu o que da sua atividade restava com o final das exportações de cimento e sal gema. Esta marina tem andado de “Herodes para Pilatos”, sem que a citação represente qualquer intuito blasfémico, conhecendo as mais diversas implantações na Ria Formosa, desde o Cais do Neves Pires aos terrenos situados aquém da linha férrea do porto de recreio.

Movimento previsto e palpável pelas embarcações que nos visitam não seria lacuna, como o não será o movimento que esta infraestrutura turístico-náutica virá, caso se concretizar (gato escaldado de água fria tem medo…) virá conferir à capital sulina, que dispõe em vários troços do seu tecido líquido de condições invejáveis para o efeito.

Outra obra anunciada para 2017 e com escritura de conceção já assinada entre a Câmara Municipal e um consórcio ligado ao setor fúnebre é o da construção no cemitério da Penha tão prometido, firmado e cada vez mais necessário crematório. É um protesto silencioso do quotidiano quando vimos marchar para a Quinta do Anjo, Ferreira do Alentejo, Sesimbra, Elvas, etc. o cortejo mortuário levando os queridos mortos para a incineração que, teimosamente, numa teima que nunca entendemos, para ali por carência desta infraestrutura não acontece em Faro ou noutra terra algarvia.

Voltamos a interrogar com alguma desconfiança, se será desta que avançam as duas prometidas obras em terras de Faro.

João Leal

 

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