CRÓNICA DE FARO: Talvez por cheirar mal…

Raras as vezes, escassíssimas vez, o tema tem sido abordado, quer nos meios de comunicação social, naquela meia dúzia que heroicamente vai resistindo a esta avassaladora supressão da dita “imprensa regional”, como nas tertúlias à mesa do café ou, num plano de maior importância, na discussão dos documentos oficiais, entenda-se orçamento ou plano de atividades.
Talvez, como por título dei a esta Crónica de Faro, o aroma que o mesmo suscita não é o mais agradável, mas é necessário, tanto o de muitas funções animais. Em direto diremos que: “faltam retretes em faro” e este é um problema, grave e delicado problema, que tem de surgir a coragem de o resolver. Durante muitos anos, ocorrem-nos as lembranças dos tempos saudosos de “menino e moço” e quando não se falava “a torto e a direito”, de meio ambiente, poluição, direitos das populações e outros temas que tais, que na capital algarvia vários eram os sítios onde se pode ir fazer isto e aquilo que a natureza impõe, periodicamente que se faça: urinar ou obrar, que o mesmo é dizer na bem popular expressão “mudar de fato”.
Ele era-o no Jardim de São Pedro, junto à Doca (instalações que foram também do Ginásio Clube Naval), debaixo do coreto e em outros locais que a exigência impunha e o sentido prático dos gestores não lhe virava a cara. Algumas eram bem curiosas na sua conceção artística, como aquele urinol que havia junto à Guarda Fiscal/alfândega que até dava para a “malta” lançar, em plena Avenida da República, com o seu maravilhoso traçado de palmeiras, pedras às canelas dos utentes. Havia até o luxo dos “reservados” que dava direito, mediante pequeno contributo a papel higiénico, sabonete e toalha para enxaguar as mãos.
Outros tempos que ainda agudizam e agravam mais o problema. A crónica, pelo assunto tratado “FALTAM RETRETES EM FARO deve ser encurtada se deseja que, nesta área, seja célere a decisão de o resolver pela banda dos atuais autarcas farenses.

João Leal

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