Da “Nossa” Europa

“Nós os Cimérios mal sabemos o que é o dia mergulhados em eternas névoas cinzentas; é-nos indiferente saber se é dia ou noite…

se obrigássemos este povo (italiano) a viver ao ritmo dos ponteiros alemães ele ficaria confuso”

“in Goethe, Viagem a Itália”.

As diferenças entre os povos do Norte e do Sul da Europa são enormes… como já Goethe reconhecia há cerca de dois séculos!

Uma Europa só fará sentido e terá possibilidade de se assumir alguma vez, se no seu cimento estiver claramente compreendido este princípio elementar e essencial. Ora não só vivemos o oposto como nada aponta no sentido de uma mínima possibilidade de a situação se alterar de forma significativa em tempo útil.

Antes pelo contrário… o cimento da União Europeia chama-se cada vez mais USA, o que não agradaria nada, creio, a Jaques Delors… mas, nos tempos que correm, lagrada a muitos do chamado “establishment” e da democracia obrigatoriamente hoje dita de liberal.

Porém, já vai sendo tempo, por maioria de razão com um próximo parlamento onde a extrema direita marcará presença significativa e com a cada vez mais previsível hipótese de uns “USA trumpistas” os nossos experts em política ou CEO’s da mesma ditos de “politólogos“ perderem algum tempo com esta problemática nos intervalos das tentativas de rejuvenescer o pensamento do mumificado Cavaco e seus escritos, entre outras divagações sempre sobre o que aconteceu na semana em curso. Convenhamos que já era tempo de tentarem começar a pensar um pouco mais além.

Mas entendamo-nos… Como Goethe a seu tempo constatou e com a expansão a leste com vários novos “países irmãos” muito terá que ser revisto e, sem esquecer os princípios, os países periféricos e sulistas pequenos como Portugal terão de, antes que seja tarde, reavaliar a sua posição numa renovada União Europeia… e muito há a mudar!

O problema já é de hoje…!

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