Deputado do PSD questiona “negligência” do Banco de Portugal após alertas de Durão

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“Eu quando era primeiro-ministro chamei três vezes o Vítor Constâncio a São Bento para saber se aquilo que se dizia do BPN era verdade”. Foi assim que Durão Barroso, atualmente presidente da Comissão Europeia, se referiu ao caso do Banco Português de Negócios, em entrevista exclusiva Expresso/SIC publicada no sábado.

A referência do ex-primeiro-português entre 2002 e 2004 não passou despercebida a Duarte Marques, deputado do PSD que acompanhou de perto os inquéritos ao caso BPN – “preocupado com o que o Estado estava a fazer” – e que considera que a “negligência” do Banco de Portugal começa a ganhar novos contornos.

“Até agora não tinha havido qualquer tipo de informação de que o Banco de Portugal tivesse sido alertado em 2003. Isto é prova cabal de que terá havido negligência grosseira”, disse ao Expresso o ex-líder da JSD, questionando a então liderança de Vítor Constâncio.

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O deputado enviou este domingo uma carta ao atual governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, com várias questões que pretende ver esclarecidas sobre a atuação do organismo.

“Uma coisa é eu ou você chamar a atenção, outra coisa é o primeiro-ministro de Portugal, que não faz perguntas de café. Fazendo fé que é verdade, alguma coisa saberia”, acrescentou Duarte Marques, referindo-se às declarações de Durão Barroso.

“É legítimo pensar que Vítor Constâncio terá sido negligente neste processo, muito mais cedo do que pensávamos, o que quer dizer que o que aconteceu poderia ter sido controlado muito mais cedo”, criticou.

Pelo contrário, o deputado eleito por Santarém deixou elogios ao atual líder do Banco de Portugal, Carlos Costa. “Se tivessem então atuado como atua atualmente, se calhar não tínhamos um caso BPN”, concluiu.

O Expresso tentou contatar Vìtor Constâncio, sem sucesso.

RE

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