Desemprego atinge novo recorde histórico e já afeta mais de 600 mil portugueses

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A taxa de desemprego em Portugal ficou em 10,9 por cento no terceiro trimestre, o que constitui um novo recorde histórico dos dados nacionais.

Este valor representa uma subida de 0,3 pontos face aos 10,6 por cento de segundo trimestre e está 1,1 pontos percentuais acima dos 9,5 por cento registados no terceiro trimestre do ano passado, sendo particularmente gravoso por respeitar ao trimestre de Verão, quando costuma haver mais trabalho disponível devido à procura sazonal do sector turístico.

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O INE estima agora a população desempregada no país em 609,4 mil pessoas em média entre Julho e Setembro, o que representa uma subida de 11,3 por cento face ao valor do terceiro trimestre do ano passado. Este número deve representar uma subavaliação do fenómeno da falta de trabalho, devido aos critérios estatísticos em vigor.

O número de desempregados no país deu assim um pulo de quase 20 mil em três meses, pois no segundo trimestre era de 589,8 mil. E no terceiro trimestre do ano passado era de apenas 547,7 mil. A população activa e a população empregada também recuaram, neste último caso em 53,9 mil postos de trabalho.

Os jovens continuam a ser severamente afectados pela falta de emprego, com a taxa de desemprego da população entre os 15 e os 24 anos a pular para 23,4 por cento, face a 20,3 no segundo trimestre e 19,2 no primeiro.

Entre as mulheres o desemprego continua também a subir, mas a um ritmo mais moderado, tendo passado de 11,5 por cento no segundo para 12,4 por cento no terceiro trimestre. Inversamente, entre os homens houve uma ligeira redução entre estes dois trimestres, de 9,7 para 9,6 por cento.

Novo recorde dos dados nacionais desde 1953

Este valor de 10,9 por cento constitui um novo recorde dos dados nacionais sobre desemprego, quer desde que o INE acompanha o desemprego (segundo trimestre de 1983), quer desde que há registo nas séries longas do Banco de Portugal, que no caso do desemprego remonta a 1953 e utiliza um conceito mais lato que o actual.

No entanto, o Eurostat divulgou uma taxa de onze por cento para o desemprego em Maio e Junho, que constituem os valores máximos conhecidos relativos à taxa de desemprego no país. Desde então, baixou para 10,8 por cento em Julho e 10,6 por cento em Agosto e Setembro. Isto quer dizer que o valor que seria calculado para o terceiro trimestre a partir deste dados ficaria em torno de 10,7 por cento, portanto abaixo do valor do INE.

O Instituto Nacional de Estatística calcula o desemprego apenas trimestralmente por inquérito, e com um método diferente do Eurostat, que se baseia nos dados do INE e do IEFP para fazer os seus cálculos.

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