Desidério Silva acusado de ter culpa na saída do Rali de Portugal da região

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Desidério Silva (ao centro) durante a conferência de imprensa de hoje

O presidente do Turismo do Algarve diz que “não houve falta de empenho” e que o Turismo do Algarve mostrou sempre “disponibilidade para assumir as exigências apresentadas”

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Após dez edições consecutivas realizadas no Algarve e no Baixo Alentejo, o Vodafone Rally de Portugal irá rumar ao norte do país como prova pontuável para o Campeonato do Mundo de Ralis 2015, anunciou esta quarta-feira o Automóvel Clube de Portugal (ACP), entidade que organiza a prova.

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O centro nevrálgico da edição de 2015 do WRC Vodafone Rally de Portugal, integrando o posto de comando, o parque de assistência e o parque fechado, estará localizado nas instalações da Exponor, na cidade de Matosinhos.

“O apoio proporcionado à prova pelas autarquias do Algarve e Baixo Alentejo envolvidas no itinerário do rally – Almodôvar, Faro, Loulé, Ourique, São Brás de Alportel, Silves e Tavira –, pela Região de Turismo do Algarve e pelo Parque das Cidades, entidade proprietária do Estádio Algarve, constituiu um pilar importante para o êxito do Vodafone Rally de Portugal”, refere a organização, em jeito de agradecimento, no site oficial do rali.

Em conferência de imprensa, o presidente do ACP, Carlos Barbosa, admitiu que a saída do Algarve “é uma perda para a região”, mas frisou que “o Algarve nada fez para nos segurar lá em baixo”. “Estamos agradecidos com as câmaras e com o Turismo do Algarve, mas tomaram-nos como um dado adquirido”, referiu o dirigente do ACP.

No mesmo sentido, Elidérico Viegas, o presidente da AHETA, a maior associação hoteleira da região, lamentou o facto de o rali ter saido da região e culpou o presidente o Turismo do Algarve, acusandoa quela entidade de não ter tido capacidade de negociação para manter a competição no Algarve.

Presidente do Turismo do Algarve refuta acusações

Entretanto, a direção da Região de Turismo do Algarve (RTA) revelou hoje em conferência de imprensa estar “desolada” com a mudança do Rali de Portugal para a região Norte no próximo ano e manifestou “total disponibilidade para voltar a trabalhar com o Automóvel Club de Portugal (ACP) já na edição de 2016 da prova”.

“Nunca foi pedido nada pelo ACP que não fosse feito pela RTA no último ano e meio, incluindo no envolvimento com os municípios”, confirmou o presidente da direção.

Desidério Silva assegurou que “o presidente do ACP foi muito claro: a FIA exigiu levar o rali para Norte, face à maior presença de público”, referindo-se à justificação que lhe fora transmitida pessoalmente por aquele responsável há dois dias.

A RTA “falou sempre com o ACP e com as câmaras municipais”, informou Desidério Silva. “Não houve falta de empenho” e mostrou sempre “disponibilidade para assumir as exigências apresentadas”, concluindo que “aquilo que a FIA encontrou no Algarve foi uma prova excecional em todos os aspetos”, facto igualmente referido pelo presidente do ACP.

Por estas razões, Desidério Silva rejeita as críticas feitas à entidade regional de turismo pelo presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA): “Repudiamos as declarações do presidente da AHETA, que consideramos terem sido feitas em nome próprio e não em nome dos associados. Não ajudam o Algarve, nem as instituições, nem os próprios hoteleiros”.

A direção da RTA espera agora que a região seja “compensada” pelo Turismo de Portugal pela saída do evento do sul do país, que terá impacto na economia do turismo e na imagem do Algarve.

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