Um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) revela que as desigualdades sociais em Portugal agravaram-se cinco vezes mais do que na Zona Euro. A forte subida do desemprego, decorrente da crise financeira e económica, explica o essencial do agravamento das desigualdades sociais na generalidade dos países periféricos.
Segundo adianta esta quinta-feira o Jornal de Negócios Online, os cálculos do FMI – que hoje divulgou o seu relatório sobre as perspectivas económicas para a Europa – a subida do desemprego aumentou as desigualdades em cerca de dois pontos percentuais no conjunto da Zona Euro, mas o seu impacto foi de dez pontos percentuais em Portugal, Grécia, Irlanda e Espanha.
O FMI atribui este cenário à situação do mercado de trabalho, que se degradou de forma muito mais acentuada nestes países.
Portugal é o país do euro – e foi, até pelo menos 2005, o da União Europeia – onde o fosso entre os mais ricos e os mais pobres é mais profundo.