Disputa entre PS e PSD Algarve obriga Hélio Barros a prolongar funções na Algar

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PSD quer nomeação depois das legislativas.

A nomeação do substituto do atual administrador-delegado da Algar, Hélio Barros, ficou novamente adiada no início desta semana. Recorde-se que a Assembleia Geral da Algar reuniu nas últimas duas segundas-feiras onde um dos pontos da ordem de trabalhos passou pela nomeação de um novo administrador-delegado, em virtude do pedido de aposentação de Hélio Barros.
O presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, António Eusébio, era o nome mais falado para ocupar este lugar, mas entretanto o processo ficou adiado e envolto numa polémica partidária.
O PSD Algarve considera que dada a situação de impasse resultante da demissão do Primeiro-Ministro, a votação na Algar só se deverá realizar após as eleições legislativas.
“O Estatuto dos Gestores Públicos não permite que após a queda do Governo se proceda à eleição de administradores, salvo em casos muito excecionais que nesta circunstância não se encontram preenchidos”, refere o PSD Algarve num comunicado intitulado “ALGAR está a saque”.
“Estas normas visam assegurar que não há tentações de confrontar o Governo seguinte com factos consumados e que não se registe uma corrida desenfreada às nomeações políticas”, acrescentam os social-democratas.
Perante estes argumentos, o PSD Algarve apela para que a proposta seja retirada garantindo que se tal não ocorrer irá solicitar à Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território que tome conta da situação e dê “orientações claras e imediatas para que esta insensatez não se verifique”.
Confrontado com esta posição, o PS Algarve considera lamentável que a Algar fique deste modo “refém da irresponsabilidade” dos social-democratas algarvios. Frisando que o nome de António Eusébio havia sido consensual na primeira reunião – que se realizou antes da queda do Governo -, os socialistas consideram que a posição dos seus oponentes políticos é “um golpe de baixa política”. “Na Algar nunca existiu nenhum clima de partidarismo, a não ser agora pela mão da direção do PSD”, sublinham em comunicado. “O PSD Algarve prejudica o interesse regional, trazendo instabilidade a uma empresa que tem sido um modelo de referência, na região e a nível nacional, e em que a voz dos autarcas sempre preponderante”, acrescentam lembrando que António Eusébio foi convidado para o cargo há mais de seis meses em virtude das suas competências técnicas e capacidade de diálogo.
“Vir agora procurar adiar este processo, essa sim, é uma atitude partidária, de quem espera tirar partido da atual situação do país”, conclui o PS Algarve.
De acordo com as informações recolhidas pelo JA, Hélio Barros vai permanecer como administrador-delegado da empresa enquanto o impasse não for resolvido. Até ao momento do fecho desta edição, não estava marcada nova Assembleia-Geral da empresa.

SCS/JA

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