Do Big Brother aos debates eleitorais

As televisões, incluindo “a nossa!!!”, resolveram tirar partido das eleições e, a par com tudo que é sondagem, “desmultiplicaram-se” em debates, atendendo a que os shares já não são o que eram. E convenhamos, foi uma boa jogada! O Zé, via Chega, aderiu em massa e até já há quem aposte numa diminuição da abstenção e numa maciça votação no partido do Prof. Ventura.

Claro que seria necessário ter todo o cuidado e expertise (desculpem o anglicismo, mas hoje, quem não intercalar umas palavras em inglês já passa por antieuropeísta primário, apesar dos súbditos de Sua Majestade já não fazerem parte). E, sendo assim e como felizmente eram muitos, resolveram facultar quinze minutos a cada candidato, que isto de tempo de antena é dispendioso… e depois se verá. Porém, para que o big brother ficasse completo, isto ainda era pouco. E… vamos lá, porque não pôr os nossos magistrais opinion-makers (já pagos!) a comentar cada “frente a frente”…qual combate de boxe, e a declarar no final vencedor e vencido… e com notas, para os jovens entenderem melhor!

Espetacular!… Ao que a dita democracia liberal chegou e, convenhamos, talvez as verdadeiras eleições livres sejam o último salva-vidas a que se consiga ainda agarrar para a podermos comparar com a dos tempos de Churchill. Naturalmente que lhe sobram sempre os dólares… e armas!!!

Apenas mais uma palavra de censura, em particular ao moderador “utilizado” pela RTP3 que, para além de se “cag… de medo” do prof. do Chega, se permitiu gerir os tempos de antena dos intervenientes a seu bel-prazer.

Enfim… mais uma vergonha… como se tantas outras não bastassem. Triste democracia que hoje é obrigada a ser apenas liberal… e
Ai de quem duvide!

Que Sócrates (o grego) lhes perdoe… mas tenho muitas dúvidas!!!

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