Pelo menos dois manifestantes morreram e outro ficou ferido em estado grave, esta madrugada, em novos confrontos com a polícia em Kiev.
Segundo a Reuters, uma das vítimas foi atingida a tiro pela polícia na Praça da Independência, um dos centros dos protestos antigovernamentais, enquanto a outra morreu junto do estádio de Dínamo de Kiev. Uma pessoa ficou também ferida em estado grave, após ter caído de uma árvore.
Durante a madrugada, a tensão aumentou no centro da capital, após a polícia ter removido as barricadas construídas pelos manifestantes, que responderam com o lançamento de petardos e cocktails molotov . Foram também incendiados automóveis e autocarros.
Centenas de manifestantes enfurecidos gritaram “assassinos” e “glória para a Ucrânia”, refere a Reuters. Entretanto, a polícia russa já alertou que está em causa uma “grave violação da lei”, uma vez que o governo aprovou na sexta-feira o agravamento das sanções contra os manifestantes, com penas que podem ir até 15 anos.
Na terça-feira, o Presidente Víktor Ianukovitch recusou uma reunião com o líder da oposição Vitali Klitschko, mas garantiu estar disponível para negociações, embora não tenha ainda ficado uma data definida.
O governo ucraniano já tinha admitido recorrer ao uso da força, caso as provocações dos manifestantes continuassem. “Se os manifestantes provocadores não pararem, então as autoridades não terão outra escolha”, disse o primeiro-ministro Mykola Azarov.
Os protestos na Ucrânia já se arrastam há dois meses, após o Presidente ter optado por um acordo que privilegia as relações com a Rússia, em detrimento da União Europeia. Só desde domingo, pelo menos duas centenas de pessoas ficaram feridas.
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