Duas meninas raptadas pelo Boko Haram fazem-se explodir nos Camarões

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Pelo menos nove pessoas morreram esta manhã nos Camarões, num atentado suicida protagonizado por duas meninas com cerca de 13 anos, que terão sido raptadas e forçadas a trabalhar para o grupo extremista nigeriano Boko Haram, segundo fontes locais citadas pela agência Efe.

As duas raparigas fizeram-se explodir durante um funeral na localidade de Nguetchéwé, no norte dos Camarões, explicou o porta-voz de um grupo de patrulha local, Mahma Oumaté. Para além dos nove mortos, um balanço que inclui as duas suicidas, cerca de vinte pessoas ficaram feridas.

Apesar de o atentado desta madrugada ainda não ter sido reivindicado por qualquer grupo, os ataques do Boko Haram já se tornaram costume na região de Mayo-Moskota, onde se situa Nguetchéwé. O grupo jiadista, que em março de 2015 jurou fidelidade ao autoproclamado Estado Islâmico (Daesh), continua a agir impunemente na Nigéria, onde surgiu, e nos vizinhos Camarões e Chade.

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É possível que as duas meninas que esta quarta-feira se fizeram explodir durante o funeral integrem o grupo de mais de 200 raparigas de Chibok que militantes do Boko Haram raptaram há dois anos — e cujo paradeiro continua por apurar. Em 2015, os jiadistas do Boko Haram foram responsáveis pelo maior número de mortos em ações terroristas em todo o mundo.

Joana Azevedo Viana (Rede Expresso)

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