E se acabar a bateria da “caixa negra” do avião desaparecido?

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São várias as teorias mas poucas as certezas sobre o que terá acontecido ao avião. As operações de busca decorrem no oceano Índico, onde se suspeita que o Boeing malaio tenha caído, na tentativa de achar os destroços mas principalmente a caixa negra, que poderá ter respostas sobre o sucedido.

A caixa negra de um avião é um dispositivo que guarda as informações relativas aos dados do voo, bem como as conversas captadas no interior da cabine dos pilotos. É um aparelho autónomo, mas está ligado a todo o avião. Em caso de acidente, e caso seja recuperada, é decisiva para se apurar a verdade.

Rodrigo Ventura é investigador no Instituto de Sistema e Robótica de Lisboa, do Instituto Superior Técnico, e explica ao Expresso que a caixa negra de um aparelho aéreo “emite um sinal que tem bateria e duração de aproximadamente 30 dias”. Quando a caixa negra fica dentro de água, pode ser identificada através de um sinal sonoro. Quando a bateria desse sinal acaba, só é possível identificar a caixa visualmente – por isso é que, apesar de ser chamada “caixa negra”, tem uma cor forte como o laranja ou vermelho. No caso do avião da Malaysia Airlines, que desapareceu a 8 de Março, o sinal está em vias de cessar.

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Os dados que estão na caixa negra não desaparecem quando o sinal deixa de ser emitido ao fim de 30 dias, mas é necessário “ter em conta o impacto e as pressões, uma vez que a caixa tem limites físicos”. O investigador do Técnico relembra o caso do avião da Air France, que caiu em 2009 no oceano Atlântico: só ao fim de dois anos é que foi descoberta a caixa negra, que continha praticamente todas as informações do que tinha acontecido naquele voo, que saiu do Rio de Janeiro com destino a Paris.

Rodrigo Ventura acredita que a caixa negra não deve estar longe dos destroços do MH 370. “A área dos destroços não deve ser tão grande como a área de busca”, refere.

Um navio australiano equipado com um sistema que deteta “caixas negras” juntou-se às operações de buscas no local onde foram encontrados possíveis destroços do Boeing da Malaysia Airlines. Rodrigo Ventura vê esta medida como uma “corrida contra o tempo”, sabendo que o navio apenas tem mais alguns dias até a bateria do sinal terminar.

RE

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