Ecologia ambiental e social no último ciclo dos Encontros do DeVIR

Os espetáculos desta última fase decorrem todos no Centro de Artes Performativas do Algarve

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A ecologia ambiental e social vai estar em foco na terceira e última parte da 8.ª edição do festival Encontros do DeVIR, em Faro, com três concertos e dois espetáculos até 25 de fevereiro, disse o diretor artístico.

Sean Riley e The Legendary Tigerman (no sábado), a garota não (dia 21), Redo e Dominique (28) Lula Pena (11 de fevereiro) e um espetáculo final de “palavra e dança” (25 de fevereiro), com o título “e(u)co(m)lógica”, constituem o programa desta última parte do festival, que arrancou em março de 2022.

José Laginha, o diretor artístico, recordou que, em março e abril de 2022, o festival contou com um primeiro momento, vocacionado para os estudantes do segundo e terceiro ciclos de ensino, e que em novembro se realizou a segunda parte, para alunos do secundário, entrando agora na última fase, com um ciclo dedicado aos adultos intitulado “d’outra maneira”.

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O diretor do festival salientou o “formato híbrido” da iniciativa, que conta, além dos espetáculos, com uma plataforma digital ‘online’ intitulada “Arte, Pensamento e Informação”, uma mais-valia para passar a mensagem de forma “segmentada”, permitindo “refletir sobre estas questão das alterações climáticas e dos direitos humanos”.

Os espetáculos desta última fase decorrem todos no Centro de Artes Performativas do Algarve (CAPa) e os artistas presentes foram escolhidos por “já terem trabalho” na promoção destes valores que estão na base do festival, frisou o responsável.

“Este é um festival que se foca nas questões da ecologia ambiental e social e, portanto, parece-nos importante passar uma mensagem, que deve ser uma mensagem atual, sobre estas questões”, afirmou, sublinhando que o objetivo é “fazer a diferença” e “assumir com firmeza” a “defesa da diferença, dos direitos dos seres humanos, dos vegetais e dos animais”.

José Laginha considerou que apesar de ter “muita informação”, a sociedade atual está “muito desordenada” e “tudo aparece e desaparece com muita facilidade”, pelo que o trabalho realizado pelo festival tem permitido que diferentes públicos acedam a “um conjunto de informação que atravessa as áreas da música, da dança do teatro, da palavra, mas também das artes de rua”.

“Queremos ser cúmplices desta ideia de pensar de forma alternativa, que deve compreender mudanças individuais e coletivas que possam contribuir para nos dispormos a outras formas de fazer, a outros modos de decidir e até a desconstruir aquilo que diariamente fazemos”, propôs.

O último ciclo tem por título “d’outra maneira”, porque o objetivo passa também por rejeitar a “ideia confortável e desresponsabilizante de que as mudanças no mundo devem ser feitas pelos outros ou só pelos outros”, acrescentou José Laginha.

“Têm de ser mudanças individuais e coletivas, porque estamos numa situação onde a direção é o não retorno. Não vimos anunciar a solução, mas há uma boa notícia nisto tudo, é que todos nós fazemos parte da mudança”, disse ainda o diretor artístico.

Os bilhetes para os concertos custam seis euros e a compra de ingresso para os quatro primeiros espetáculos permite a entrada gratuita na apresentação final, a 25 de fevereiro.

O festival conta com o apoio da Direção-Geral das Artes, com a colaboração das autarquias de Faro e Loulé, e vai “ter uma nova edição em 2023”, que deverá arrancar em “outubro”, avançou ainda o diretor.

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