O ex-funcionário dos serviços secretos conta com o auxílio da WikiLeaks.
Edward Snowden, o ex-informático da CIA e consultor externo da NSA (Agência Nacional de Segurança) que denunciou um programa ultrasecreto de vigilância do governo norte-americano, pediu asilo político ao Equador, segundo uma declaração divulgada na conta oficial do WikiLeaks no Twitter.
“O senhor Edward Snowden saiu legalmente de Hong Kong”, escreve a organização fundada pelo australiano Julian Assange, adiantando que o antigo agente dos serviços secretos aterrou esta tarde em Moscovo no voo SU 213 da Aeroflot e estará prestes a rumar ao Equador, através de uma “rota segura para fins de asilo”, escoltado por diplomatas e assessores jurídicos do WikiLeaks.
“Snowden solicitou ao WikiLeaks o seu conhecimento jurídico e experiência para garantir a sua segurança”. “Quando chegar ao Equador o seu pedido será processado formalmente”, lê-se ainda.
Baltasar Garzón empenhado
No mesmo comunicado, o polémico ex-juiz espanhol Baltasar Garzón, que lidera a equipa de defesa do WikiLeaks e Assange considera que “o que se está a fazer a Edward Snowden e a Julian Assange – por facilitar informação de interesse público -, é um ataque contra as pessoas”.
“A equipa de defesa do WikiLeaks e eu estamos interessados em preservar os direitos de Snowden e protegê-lo como pessoa”, sublinha.
Snowden não foi visto a desembarcar na zona de controlo do aeroporto internacional de Sheremeteyevo. Alguns passageiros do voo da Aeroflot proveniente de Hong Kong relataram à AFP que foram carregadas malas diretamente do avião para um carro diplomático, com a bandeira do Equador.
Equador confirma pedido
De acordo com a agência russa Interfax, Snowden foi recebido pelo embaixador do Equador na Rússia, Patricio Alberto Chavez Zavala. Segundo uma fonte da Aeroflot, o ex-funcionário da CIA encontra-se num hotel no Terminal E.
O ministro dos negócios estrangeiros do Equador, Ricardo Patiño confirmou hoje, também através do Twitter, ter recebido um pedido de asilo político de Snowden.
Assange encontra-se há um ano refugiado na embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição para a Suécia – onde pendem acusações de agressão sexual e violação – e consequentemente para os EUA, para ser julgado por espionagem. Assange figura na lista dos mais procurados da Interpol.
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