José Gusmão, economista e atual eurodeputado, encabeça a lista pelo círculo eleitoral do Faro, entregue esta sexta-feira, dia 26 de janeiro, no Tribunal de Faro. A candidatura do Bloco de Esquerda pelo círculo eleitoral de Faro incluirá seis candidatos independentes, “ativistas de várias causas, percursos e competências”, adiantou o partido.
José Gusmão afirmou no ato de entrega da lista que a candidatura pretende “promover um esforço de abertura que ajude a dar resposta às inúmeras questões que preocupam a nossa população e construir uma região em que os algarvios possam viver com toda a qualidade durante todo o ano”.
António Branco, independente e mandatário da candidatura, afirmou que “a abertura a independentes de vários ativismos faz da lista um Bloco de muitas esquerdas”.
Guadalupe Simões, enfermeira, independente e número 2 da lista, falou da situação de “desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde, quer ao nível dos profissionais, quer ao nível dos equipamentos” e afirmou ser necessário “voltar a sentar o Algarve na Assembleia da República”.
O programa de candidatura do Bloco de Esquerda é orientado por oito prioridades: habitação,
água, saúde, escola pública, agricultura, ambiente, economia, mobilidade e regionalização.
O coletivo reunido na lista manifesta “a urgência da esquerda socialista para a transformação da realidade com as classes trabalhadoras de forma a dar respostas claras e inequívocas do Algarve e dos algarvios”, refere o BE/Algarve em comunicado.
O branqueamento político, como força consentânea com uma sociedade democrática, que o Bloco de Esquerda veste é um engano que leva muitos cidadãos menos informados a suporem tudo menos que a sua matriz seja – como na realidade é – a de um Partido comunista resultante da fusão de formações da extrema-esquerda, mais especificamente, da UDP – União Democrática Popular (marxista), Partido Socialista Revolucionário (trotskista) e da chamada Política XXI (organização recrutada entre antigos membros do PCP e do MDP/CDE.
Quem, como eu próprio, vai já bem adiantado nos anos que conta guarda ainda bem viva a memória e a práxis do que foram as três formações partidárias acima referidas, experiência que os mais novos já não vivenciaram.
A candura democrática do Partido em questão está, pois, devidamente espelhada, na sua origem …
Claro que, como minoritário, numa sociedade democrática, como ainda é a nossa, não tem alternativa, senão aceitar as regras em vigor, travestindo-se de formação democrática, sendo que a sua verdadeira natureza apenas seria possível ver, se detivesse a plenitude do Poder, o qual seria devidamente condimentado com o respectivo pensamento único, tão do gosto dos Partidos comunistas, pelo que não aconselharia, de todo, a qualquer amante da democracia viver numa sociedade dirigida por esta formação partidária …
No outro extremo do espectro político, encontramos o Chega, de sinal contrário, já suficientemente conhecido dos Portugueses, pelo, felizmente, está bem identificado.
Por vezes, é útil utilizar o direito que nos assiste, como cidadãos livres, e, como diz o povo, “chamar os bois pelos nomes”, visto que estamos prestas a entrar numa campanha eleitoral, a qual irei acompanhar, apenas como observador, visto que não estou enfeudado a qualquer Partido.
P.S. – A informação aqui reproduzida pode ser encontrada na folha do Wikipédia do respectivo Partido, sobre que aqui se tecem algumas considerações.