Em Lagos, Ministro da Saúde compreende greve dos médicos

Na opinião do governante, a paralisação dos médicos “não é uma greve que tenha uma motivação nos temas do setor da saúde”

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O ministro da Saúde disse que compreende a greve dos médicos decretada pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM), considerando que a paralisação se insere na greve geral da função pública e “não por motivações” no setor da Saúde.

“Tenho que respeitar e compreendo, vivemos numa sociedade democrática, que uma das centrais sindicais [CGTP] não tenha podido e querido aderir ao acordo [de concertação social] e tenho que compreender a greve nesse contexto da função pública”, disse aos jornalistas Manuel Pizarro à margem da inauguração do Hospital de Lagos, no Algarve.

A FNAM emitiu na quinta-feira um pré-aviso para acompanhar a greve dos trabalhadores da administração pública convocada pela Frente Comum para dia 18 de novembro, uma semana antes da votação final do Orçamento do Estado para 2023.

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Na opinião do governante, a paralisação dos médicos “não é uma greve que tenha uma motivação nos temas do setor da saúde”, mas sim, inserida numa greve geral que “é contra uma coisa muito importante que o Governo conseguiu, que foi fazer um acordo de concertação social para a evolução dos rendimentos”.

Questionado sobre a greve de quatro dias dos enfermeiros convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) para 17, 18, 22 e 23 de novembro, o ministro referiu que o Governo “está a negociar com a classe”, frisando que “a curto prazo haverá boas notícias para os enfermeiros”.

Manuel Pizarro admitiu que o Governo pode não satisfazer a todas as reivindicações da classe, que reclama a reposição dos pontos para progressão na carreira e o pagamento dos retroativos a ser feito ainda em 2022.

“Admito que não possamos corresponder a todas as reivindicações, mas estou absolutamente certo que os enfermeiros se vão sentir muito melhor com aquilo que vai ser implementado em matéria da sua carreira”, destacou.

O governante inaugurou hoje o Hospital Terras do Infante, em Lagos, infraestrutura onde antes funcionava uma unidade privada e que em janeiro passou a integrar o Centro Hospitalar Universitário do Algarve, a par das unidades hospitalares de Faro e de Portimão.

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