Entrevista ao presidente da Junta de Freguesia de Moncarapacho (Olhão)
O apoio social, o saneamento e a mobilidade da maior freguesia de Olhão, Moncarapacho, são os temas que mais ocupam o presidente da Junta de Freguesia, José Marcelino Dias que em entrevista ao JA lamenta a falta de verbas
Jornal do Algarve- Neste momento, quais as áreas em que a Junta de Freguesia acaba por dedicar mais tempo?
José Marcelino Dias – Importa explicar que, esta freguesia é a maior freguesia do concelho de Olhão com 70 Km2 de área, ou seja, mais de metade do concelho de Olhão, composta por muitos caminhos de terra batida. É certo que já foram alcatroados alguns desde que assumi a presidência desta Junta de Freguesia, contudo muitos ainda permanecem por pavimentar. No inverno, com as chuvas o pavimento do mesmo degrada-se, dificultando a circulação. Pelo que anualmente, tentamos minimizar as dificuldades de circulação arranjando-os com tout-venant e limpando as bermas e valetas.
Na área e apoio social temos vários projetos em andamento e tentamos com os parcos recursos existentes fazer face a varias situações tais como distribuir bens essenciais pelas famílias mais carenciadas da Freguesia, ou ainda estender os serviços existentes na sede da freguesia (enfermeira, psicóloga e advogado) por toda a população prestando um serviço aos munícipes de uma forma gratuita.
JA- A atual crise, veio de alguma forma alterar o plano de trabalho que a sua equipa havia delineado no programa eleitoral?
JMD – Evidentemente que veio, para além de suspender alguns dos projetos programados para realização a curto e médio prazo, veio ainda suspender os que estavam decorrendo devido aos cortes orçamentais do Governo e do Município de Olhão.
JA- Quais os maiores problemas que diagnostica na freguesia neste momento?
JMD – Tal como no resto do país, o desemprego é o problema mais grave que Moncarapacho enfrenta neste momento.
JA- Quais os projetos/obras previstos em que coloca um selo prioritário para a freguesia?
JMD – Como referi anteriormente esta é uma freguesia rural com uma rede viária composta por um vasto número de caminhos rurais, que necessitam urgentemente de ser pavimentados, pelo que a nossa prioridade neste momento é a sua pavimentação.
Também a rede de saneamento básico é uma das prioridades, pois em pleno Século XXI e estando inseridos na Europa Comunitária já não se justifica a maior parte das casas não terem esgotos.
JA- Na sua opinião e experiência, a freguesia está a conseguir desenvolver-se numa ótica sustentável?
JMD – Quando há 17 anos assumi o cargo de Presidente desta Junta de Freguesia pela primeira vez, partimos do zero, pois as carências (…)
[Entrevista publicada na íntegra na edição papel do Jornal do Algarve de 24 de fevereiro de 2011]