Um grupo de pequenos e médios empresários ligado ao movimento “Deixem-nos respirar” esteve recentemente reunido no Algarve, com o objetivo de reforçarem a luta contra a nova guia de transporte, um método que consideram “arcaico” e “que irá afetar a competitividade dos empresários”.
“Ao obrigar os veículos de serviços e de entregas das empresas a levarem consigo guias que estejam eletronicamente associadas a faturas, calcula-se uma perda de pelo menos 0,8 a 1,5% do PIB português”, salientam os empresários.
Segundo Karl Heinz Stock, fundador do movimento e patrão da Quinta dos Vales (Lagoa), “com cada guia associada a uma fatura e a um número de código emitido pela autoridade fiscal, o sistema vai custar ao país cerca de dois mil milhões de euros”.
“A distribuição ficará mais cara e lenta, resultando no aumento do preço dos bens e serviços”, garante.
Face a esta situação, os empresários reunidos sugeriram ao Governo a implementação de um “simplex” fiscal, como o usado nos países do norte da Europa.
O movimento – que já conta com o apoio de mais de 300 empresas – decidiu igualmente avançar com uma petição a entregar na Assembleia da República com o objetivo de anular o despacho sobre as guias eletrónicas de transporte.
Recorde-se que a entrada em vigor do novo regime de bens em circulação, que obriga à comunicação prévia à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) de qualquer transporte de mercadorias, estava prevista para 1 de maio, mas as novas regras apenas serão obrigatórias a partir amanhã, dia 1 de julho.
JA
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