Estados Unidos vão reavaliar ajuda militar ao Egito

ouvir notícia

.

Plano para fornecer quatro caças F16 ao Cairo mantém-se. Governo egípcio diz que EUA manifestaram “compreensão” sobre o afastamento de Mohamed Morsi do poder.

O recém governo interino do Egito agradeceu hoje a “compreensão” dos EUA sobre o afastamento de Mohamed Morsi do poder, em resposta ao juízo feito ontem pela Casa Branca que considerou as decisões do anterior executivo como “não democráticas” a julgar pela manifestação de milhões de egípcios, mas escusou-se, todavia, a referir-se à saída do Presidente como um golpe de Estado.

O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros Badr Abdelatí diz que as declarações de ontem feitas pela porta-voz do Departamento de Defesa Jen Psaki demonstram a “compreensão e entendimento” sobre os últimos desenvolvimentos políticos no país, “uma demonstração da vontade de milhões de egípcios que saíram às ruas desde 30 de junho para reivindicar os legítimos direitos e pedir eleições antecipadas”.

- Publicidade -

Apesar da queda de Morsi, as ajudas militares ao Egito, no valor de 1,3 milhões de dólares (cerca de um milhão de euros) -, irão manter-se como estavam programadas, pelo menos para já, embora Barack Obama já tenha ordenado a “revisão” da assistência financeira. Por lei, a suspensão deve ser decretada quando há um golpe de Estado.

Um alto funcionário norte-americano disse à AFP, sob anonimato, que continuará a ser feita a entrega de caças F-16 adquiridos pelo Egito em 2010. O contrato prevê a concessão de 20 bombardeiros, oito deles já foram entregues este ano e está previsto que mais quatro sejam enviados no próximo mês.

Entretanto, a tensão no Egito prossegue, com a Irmandade Muçulmana a anunciar que irá reforçar a sua posição de resistência ao novo Presidente Adli Mansour. A procuradoria egípcia pediu ontem a prisão do líder espiritual Mohamed Badie e outros nove líderes islamitas por incitarem à violência nos protestos. Em causa esteve o mais recente confronto com as forças armadas, frente ao quartel-general da Guarda Republicana, no qual morreram 51 islamistas partidários de Morsi.

Raquel Pinto (Rede Expresso)
- Publicidade -
spot_imgspot_img

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.