O Eurogrupo deverá tomar uma decisão sobre a saída de Portugal do programa de ajustamento na primavera, após a conclusão da 11ª missão da troika de avaliação do programa de ajustamento.
“Tomaremos essa decisão mais tarde, em março ou abril, aí tomaremos em conta os desenvolvimentos mais recentes, de acesso ao mercado e sobre os progressos mais recentes efectuados em Portugal, e então decidiremos”, afirmou hoje o presidente do Eurogrupo, à entrada para uma reunião dos ministros das finanças da zona euro, em Bruxelas.
Quanto à modalidade a escolher por Portugal para regressar aos emrcados (uma “saída limpa” à irlandesa, ou a ativação de um programa cautelar), Jeroen Dijsselbloem prefere deixar todas as opções em aberto. E distancia-se da posição já assumida pela Comissão Europeia que, pela voz de Durão Barroso e Olli Rehn, assumiu a preferência por um programa cautelar: “diria que é demasiado cedo para decidir. Quero ver todos os números, ainda vai ter lugar a 11ª missão da troika antes de tomarmos uma decisão. Por isso vamos usar o tempo que temos e trabalhar em conjunto com o governo português para chegarmos a uma conclusão conjunta. Essa seria a minha forma preferida para avançarmos”.
E o presidente do Eurogrupo evitou embandeirar em arco com os mais recentes dados do governo, que apontam para um défice em 2013 inferior ao previsto: “todos os números, bons ou maus, terão influência na nossa decisão”.
O responsável holandês insistiu igualmente na ideia de que a posição que o governo português venha a assumir neste debate, será “muito importante”.
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